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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Samuel Brinton denúncia os abusos sofrido em "seu tratamento de reversão".




Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.

Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos. 

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série de entrevistas sobre a realidade  de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto  dezenas de milhares de vezes na internet.


Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve. 

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.


Após meses de tortura, o jovem considerou o suicídio, subindo no telhado de casa. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.


“Na última vez, ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”.

terça-feira, 12 de julho de 2011

For the Bible tells me so (Como a Bíblia Diz)


Já postamos aqui no blog trechos desse documentário, especificamente o testemunho de Mary Lou Wallner
que conta a história de sua filha lésbica que se suicidou por não ser aceita pelos pais.
Hoje trazemos o documentário completo para vocês baixarem e se possível "esquecer" o dvd/pc  ligado na sala para os seus pais assistirem (risos).
Caso o link esteja quebrado me informe para que eu possa
disponibilizar um novo.


Pode o amor entre duas pessoas ser uma abominação? O abismo separando homossexuais e cristãos é de fato tão grande quanto aparenta? Como a Bíblia pode ser usada para justificar ódio? Estas são as questões no coração de Daniel Karslake em "Como Diz a Bíblia". Este provocador e divertido filme concilia homossexualidade com interpretações e traduções literais da Bíblia. Através das experiências de cinco famílias tradicionais americanas, descobrimos como as pessoas conseguem, ou não, lidar com um filho gay. Ouvimos vozes respeitadas, ligadas a diversas religiões. Segundo notas da produção, o filme oferece cura, clareza e compreensão a quem quer que seja capturado na mira das escrituras religiosas, independente de sua orientação sexual.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Testemunho do Leitor: Ex ex gay fala sobre seu encontro com Deus dentro da Exodus Internacional.

Como o depoimento é muito grande coloquei apenas a parte em que meu amigo começa a falar de sua experiência na Exodus, mas o depoimento completo você encontra no blog dele no wordpress, o Homodiálogos.


... Entrei numa séria crise chegando a ficar uma semana trancado dentro da casinha que eu tinha alugado, sem comer, sem atender telefone nem campainha, sem ligar TV ou a luz. Queria sim morrer. Essa vida não é para mim.
Até que um belo dia ouço a voz de meu pai me chamando na porta e minha mãe batendo na janela do meu quarto. Estavam desesperados pois nem mesmo meus vizinhos nem o único amigo que tinha sobrado tinha alguma noticia de mim. Estavam ha uma semana tentando falar comigo e não conseguiam pois eu tinha tirado o telefone da tomada.
Por estes e outros motivos, eu tinha rompido a minha relação com Deus. Para mim, naquele momento Ele era algo digno de historinhas infantis, criação de mentes perturbadas que viviam uma utopia para sanar ou amenizar suas mazelas e neuroses pessoais. Estava num ponto que Ele existindo ou não era totalmente indiferente para mim. Não agredia ninguém por causa de sua fé, mas que não ousassem vir me falar d’Ele.
Abri a porta e foi como se eu tivesse tirado o mundo de seus ombros. A expressão de alívio, alegria e amor deles tenho gravada até hoje em minha mente.

Mas, eles são evangélicos. Numa tentativa desesperada em me “salvar”, como não encontraram o pastor Elias em Curitiba, acabaram me levando á um templo da Igreja Universal. Lá, no meio da tarde, umas 50 pessoas ouvindo o sermão de um daqueles pastores “estudados”. Mal nos sentamos e ele começa com um papo tipo isso: “Irmãos, Deus está me pedindo para provar a fé de vocês neste momento. Tenho aqui em mãos alguns CDs do músico de nossa igreja “Fulano de tal”. Se você crê realmente que tudo o que deres a Deus ele lhe dará em dobro, compre agora este CD por R$ 5.000,00.”
Olhei para meus pais com ar de desprezo mas isso foi interrompido por uma senhora que levantou-se, foi lá e preencheu um cheque e comprou o tal CD. Atônito assisti à cena mais bizarra que já presenciei dentro de uma igreja: ele foi negociando a fé daquelas pessoas, abaixando cada vez mais o valor do CD até que a última pessoa comprou-o por meros R$ 0,50. Olhei para meus pais e disse em alto e bom som: “Se isto for Deus, quero que ele se foda!”
Nisso vieram alguns membros da igreja (diáconos) e perguntaram se precisávamos de oração. Antes que meus pais abrissem a boca lancei: “Se ousarem orar ou encostar suas mãos imundas sobre mim ou meus pais, a porrada vai rolar aqui dentro.” Levantei-me e puxei meus pais para fora e fomos embora.

Bom, acabei voltando para a cidade deles, para dentro da casa deles e com uma única condição: “Você vai voltar a frequentar a igreja e vai largar desta vida mundana”.
Amém! Como eu poderia rejeitar se eu estava literalmente fodido? Morando num casebre, passando fome, em depressão profunda, desempregado, com pensamentos suicidas, etc.
Comecei a frequentar a igreja, meio sem jeito pois na cidade pequena, pelo meu passado (a bichinha da escola e do clube), a maioria da congregação sabia que eu era “viado”. Sempre percebia os rabos de olho, o zumzumzum, as risadinhas e podem acreditar: não era mania de perseguição ok?

Claro que tive de conversar com o corpo pastoral da igreja e falar absolutamente tudo sobre minha vida.
Um deles, ao me receber para os discipulados, sentava-se em sua cadeira e, enquanto conversavamos, ficava lá do outro lado da mesa patolando-se (quem não sabe o que é isso, é aquele ato de ficar pegando no cacete, juntando gostoso com as mãos, oferecendo-o a quem está observando).
Sim, ele estava excitado em todas as vezes. Ele não estava apenas me testando, ele queria sim é entrar na putaria ou ter alguns momentos de putaria comigo ali dentro da sala dele com a porta devidamente trancada.

Busquei então outro pastor. Passei a ser discipulado por um pastor maravilhoso (D.) que assim como eu, tinha uma vida “mundana” pregressa (no caso dele, drogas). Mas infelizmente não percebi os toques sutis que ele tentava me dar. Ele foi mandado para outra igreja e me jogaram nas mãos de um outro pastor, fundamentalista de primeira grandeza.
Tudo o que o Michael (fundador da exodus) coloca no texto dele, eu vivenciei por longos 3 anos.
Nada de masturbação, nada de internet, nada de vida noturna ou social – a nao ser que estivesse junto com membros da igreja e apenas com estes. E dá-lhe rejeição, repressão, noites em claro chorando e perguntando a Deus o porque d’Ele nao me tirar a vida já que aquilo nao saía de mim? Que maldição era aquela? O que eu tinha feito de tão ruim para me sentir o pior ser humano da face desta terra? Desprezível? Porque ter de conviver com pais que falavam em alto e bom som que nao deixariam seus filhinhos no berçário porque o pederasta, sodomita estava lá ajudando o departamento infantil naquele dia, e ainda ter de perdoa-los silenciosamente, em oração?

Comecei a frequentar o Exodus por indicação de um membro da igreja pois eu já estava ficando agressivo com algumas pessoas, impaciente e, segundo ele, o ministério poderia me auxiliar.
Foi um encontro, depois outro, e mais outro e ainda muitos outros. Sempre aquela mesma pressão psicológica. Aproveitando as frases do depoimento do Michael para explicar esta fase, fui me afundando ainda mais em culpa, ansiedade e ódio contra mim mesmo. Uma profunda fase de auto-destruição que chegava a picos de auto flagelação quando me deparava diante do espelho do banheiro e me espancava. Só não cometi suicídio pois Deus me fez um homem covarde o suficiente para tal ato. Mas os pensamentos eram exatamente estes:

“Eu tenho que me “purificar”. Não há cristão homossexual. Se eu era um cristão de fato, então já não era mais gay aos olhos de Deus. Determine isso em sua vida! Continue orando, pois você não está orando o suficiente e o pecado (inimigo, diabo, etc) está te vencendo. Se você não vencer isso não herdará o reino dos céus. Porque eu não estou mudando? Porque, mesmo depois disso tudo, o Senhor ainda não me apresentou o Espírito Santo? Ainda não bastou tanto sofrimento e angústia? Toma a tua cruz e carregue-a assim como Cristo carregou a dele."


E ainda tinha de ouvir diariamente de diversas pessoas dentro da igreja:
“Você pode não ser um cristão verdadeiro. Você não tem fé suficiente. Você não está orando e lendo a Bíblia o suficiente. Talvez você tenha um demônio.Você não é sincero o suficiente. Você não está se esforçando o suficiente. Você não tem fé suficiente. Não caia! Estamos orando muito para que Deus te liberte disso e você encontre a verdadeira felicidade. Você não entregou a sua vida verdadeiramente a Cristo. A Bíblia diz em (…) que o homossexualismo é uma aberração aos olhos de Deus. Você quer ter o mesmo fim dos Sodomitas? Por mais que você mude, jamais será digno e puro como a minha família que nasceu dentro da igreja."


Sim, eles conseguem fazer você se sentir a pessoa mais imunda do mundo. E em momento algum pedem desculpas por isso.Além disso tudo, arranjaram uma mulher para mim.

V. é uma pessoa doce, amiga, cristã verdadeira, digna, ética, tranquila em sua fé. Mas ela me foi apresentada para que eu casasse afim de provar para a sociedade e para a igreja que eu tinha virado hétero. Provar a obra de Deus em minha vida. Porém ela tinha um filho ainda bebê. Perfeito não é mesmo? Caso eu falhasse sexualmente, já teria um filho para apresentar como meu.
Neste mesmo momento, comecei a ser treinado como lider para um futuro ministério de minha igreja de cura da homossexualidade. Tudo isso com acompanhamento e cobranças de um psicólogo evangélico, uma igreja inteira e a família.
V. foi a pessoa mais incrível que eu conheci neste período. Me acompanhou em diversos encontros da Exodus, foi a acampamentos, conversavamos por horas a fio sem nunca nos tocarmos além dos carinhos de amigos (abraços e beijos no rosto). Ela tinha plena consciência de todo o processo pelo qual eu estava passando, de minha vida anterior e respeitava isso. Percebeu que eu não estava “pronto” e soube respeitar. Vivenciou várias de minhas crises existenciais onde eu implorava a Deus para me tirar a vida pois eu nao estava mais suportando tudo aquilo tudo. O fardo que Ele tinha me dado, era grande e pesado demais e eu estava a ponto de arriar a qualquer momento.

A minha depressão de 3 anos atras não só estava latente ainda como tinha piorado muito mais. Só que eu tinha uma válvula de escape: o louvor, o coral da igreja. Era o único momento em que eu me sentia bem dentro da igreja. Digo com convicção que a minha conversão não foi pela Palavra e sim pelo louvor. Foi a música que me reaproximou de Deus. Eu literalmente ligava o fôda-se e me entregava completamente ao louvor e adoração. De mim para Ele, sem me importar com quem estivesse ao lado ou assistindo as apresentações do coral. Como 1° tenor (e dramático ainda), não tinha quem não ouvisse a voz do “eterno viado agora cantante” que buscava desesperadamente a sua salvação.
Finalizava isso, voltava a escuridão. Meu deserto – ou inferno como queiram chamar – se redesenhava à minha frente.

No último encontro da Exodus que participei V. estava comigo. Passei os 3 primeiros dias do encontro chorando copiosamente em alguns momentos e como uma estátua fria e dura em outros. Lembro-me de em determinado momento do sábado a tarde, durante uma das pregações pensar: é hoje.
À noite, um grupo foi para o culto na igreja e outro permaneceu na chácara para fazer uma vigília. Fiquei e fui pro meio da mata com o pessoal. Acendemos a fogueira, começaram o louvor e eu não abri a boca. Fiquei ali estático, sentado, olhando para as chamas da fogueira. Lembro-me que em determinado momento me levantar e começar a orar silenciosamente. Orar não, na verdade eu estava indo pelo mesmo caminho que me fez afastar de Deus no passado: estava em guerra declarada com Deus.
Comecei a questionar tudo aquilo, toda a minha vida pregressa, onde haveria um pecado tão grande que eu tivesse feito que merecesse pagar daquela forma? Se fosse maldição familiar, que diabos eu tinha a ver ou que contas eu tinha a acertar por uma coisa pela qual EU nao tenho culpa alguma? O que é que Ele queria de mim afinal? Ou Ele me libertava ali, naquele momento ou que se esquecesse de mim em definitivo pois eu nao suportava mais aquilo. E caí de joelhos num berreiro (choro) que acabei assustando a todos. Vieram correndo ver o que estava acontecendo comigo.
Nesse momento emudeci por alguns instantes. Quando “voltei” comecei a chorar novamente mas me falaram que era um choro diferente, era um choro de alegria, leve, puro.
Saí dali e fui tomar um banho pois eu estava ensopado de tanto suor e lágrimas e ainda fedendo fumaça por causa da fogueira. Foi um banho restaurador e de limpeza profunda. Conforme a água ia escorrendo por meu corpo fui sentindo todo aquele peso, desespero, agonia, depressão indo pelo ralo, literalmente. Quando saí do quarto os líderes vieram conversar em particular comigo para tentar entender o que tinha sido aquilo tudo. Minha resposta foi seca e direta:
“Vocês já estiveram face a face com Deus? Pois é, acabei de ter com Ele.”
“E o que Ele te falou?”, perguntaram.
“Vá em paz meu filho. Eu te coloquei no mundo para ser feliz. Eu te amo e te aceito exatamente como você é. Estarei sempre com você.”


V. estava ao meu lado, me abraçou, me deu um beijo em minha testa e disse: “Eu sempre soube disso mas você estava tão vendado pelo desespero de sua fé que eu não conseguia brecha para te avisar. Te acompanhei porque em minha orações Deus me falou para te amparar e apoiar. Fique tranquilo, pois eu nunca me iludi com relação a nós.”
Ali eu rompi em definitivo com a Exodus e com essa tentativa estúpida de “cura”.
Mas ainda continuei na Igreja por causa do Coral. Porém não frequentava os cultos com a mesma assiduidade e, quando ia, ficava do lado de fora da igreja conversando com amigos, cristãos verdadeiros. Mas isso não durou muito tempo, apenas mais uns 2 ou 3 meses.

De certo modo comecei a observar quantos homens e mulheres homossexuais tem lá dentro. Muitos mesmo. Vários casados, a familia perfeita aos olhos da igreja, porém, percebia-se em seus olhares o tesao recalcado. Em alguns homens que chegavam perto de mim para conversar sentia aquele cheiro delicioso masculino que o corpo exala nos momentos de tesao. Muitos jovens que eu percebia que só estavam ali por imposição dos pais entre tantas outras coisas.
Bom, durante todo este período conheci vários gays que estavam na mesma situação que a minha. Desesperados, desamparados, rejeitados pelas suas famílias, pela sociedade, sofrendo e passando pelas mesmas coisas que eu estava passando. Ouvi relatos e histórias de vidas pregressas que chocariam até o mais abusado e promíscuo ser humano.
Com tudo isso, chego à conclusão de que sim, Deus enviou um anjo (V.) para cuidar de mim, me amparar durante todo este processo. Depois me presenteou com um companheiro lindo. Um homem digno, íntegro, ético, religioso, carinhoso, atencioso. Depois de um deserto infernal em minha vida, voltei a gozar a plenitude do amor, a vida e claro, literalmente falando.
Muitos daqueles que conheci na ápoca da Exodus se afastaram e voltaram para a sua vida anterior – ou “caíram” como dizem na igreja. Alguns mantiveram a sua fé, a sua religiosidade. Outros, a negaram por completo em revolta por toda a opressão que sofreram enquanto fizeram parte dos seus ministérios.
Não posso tacar pedras na Exodus irresponsavelmente. Tem seus erros e abusos? Tem sim e estes merecem tais pedradas para serem desmascarados. Mas um detalhe eu respeito muito: a verdadeira reaproximação com Deus que ela promove – ao menos no meu caso. Eu?
Vivo tendo de – tentar – explicar o inexplicável para aqueles que não passaram por isso tudo e por isso só, não conseguem entender: que eu sou sim um gay que professa uma fé protestante. Que vivo em plena paz comigo mesmo e, principalmente, tenho uma linda relação com Deus. Não oro (ou rezo) mais e tampouco frequento templos, mas sempre o louvo cantando, seja na alegria ou na dor.
Aos irmãos em Cristo só digo uma coisa: não orem nunca mais – para ninguém – por este tipo de cura. Orem sim para que Deus os faça pessoas felizes, realizadas e capaz de amar ao próximo assim como Jesus o fez. Orem para que Deus apazigue seus corações e mentes ao ponto em que consigam ouvir a voz d’Ele. Nada além disso.
Não permitam, jamais, que pastores – ou alguém – façam outras pessoas passar por tudo isso que passei.

sábado, 4 de junho de 2011

Randy Roberts Potts, neto do evangelista Oral Roberts, famoso na TV Norte Americana, fala de sua difícil saída do armário e de seu tio, também gay, que cometeu suicídio.



Randy na gravação de seu vídeo para campanha Its Get Better

Tele evangelista que também teve um filho que se suicidou depois de sair do armário, leva seu neto a um caminho diferente.
Por DAVID TAFFET | Redator, para revista Dallas Voice.


Randy Roberts Potts cresceu como muitos gays evangélicos. Criado em uma família evangélica, ele se casou aos 20 anos e teve três filhos. Mas aos 30, ele saiu do armário e se mudou para Dallas.
Hoje, poucos em sua família falam com ele. Mas no ano passado criou coragem e chamou seus filhos para visitar seu avô Tulsa Evangelist Oral Roberts. 
Tulsa Roberts, que morreu no ano passado, tivera quatro filhos. A mãe de Randy, que era a procuradora de Tulsa; sua irmã, que morreu em um acidente de avião com seu marido em 1977; Ronnie Rodrigues, que se suicidou em 1982, e Richard Roberts, que se tornou presidente da Universidade Oral Roberts em 1993, mas renunciou em 2007 após ser acusado de utilizar os fundos da escola para fins pessoais e políticos. 


Randy se identifica mais de perto com o seu falecido tio, Ronnie. Eles são parecidos. Ambos foram professores. Eles se casaram, tiveram filhos e se divorciaram em torno da mesma idade. "Nossa mulheres eram muito parecidas, também", disse Randy.
Eles também eram da mesma idade quando eles saíram do armário. Mas há uma grande diferença entre os dois.
Ronnie saiu do armário para o Rev. Troy Perry, fundador da Igreja da Comunitária Metropolitana, no início de 1980. Seis meses mais tarde, Ronnie cometeu suicídio.
Randy, por outro lado, aprendeu a compreender a sua identidade.
Randy disse que acredita que as pessoas precisam assumir a responsabilidade por suas próprias vidas. Se sua família não são favoráveis, eles precisam se cercar de pessoas que são. Isso é o que fez a diferença para ele. 

Mas os tempos eram diferentes para seu tio. "Até pouco tempo eu estava com meus 20 anos, nós tivemos 'Will & Grace'", disse Potts. " Em 1982, não houviam modelos". 
Embora fosse muito comum o conhecimento na comunidade LGBT que Oral Roberts tivesse um filho gay, na família e na igreja era um grande segredo. Randy disse que não conhecia a si mesmo até muito recentemente.
"As pessoas da comunidade gay sabiam disso", disse ele. "Na minha família era uma heresia dizer que eu mencionei isso."
Ele disse que o "o ato de dizê-lo publicamente" tem o tornado mais distante de sua família. Desde que saiu do armário, apenas duas pessoas em sua família falam com ele, seu irmão e um primo distante. 
Randy conheceu sua esposa aos 18 anos. Eles se casaram dois anos depois e tiveram três filhos. Dez anos depois de casado, ele e a esposa se divorciaram. Quando ela conseguiu um novo emprego em Dallas, ele se mudou para cá para ficar perto de seus filhos. Eles têm a guarda conjunta.
Seu afastamento de sua família começou muito mais cedo. Ele comparou a sua mãe a Sarah Palin. "Ela me lembra muito minha mãe," ele disse. "Eu ouvi minha mãe nela, o mesmo tipo de mentalidade." 
Randy disse que seu relacionamento com sua mãe reflete seu relacionamento com seu pai. No ano passado, ele decidiu levar seus filhos para satisfazer seu bisavô, um homem que ele descreveu como muito frio. "Eu tinha medo dele como um garoto", disse Randy.
Ele lembrou que, enquanto ele estava crescendo, seu avô nunca se lembrou de seu nome ou os nomes de qualquer um dos seus primos.  Mas ele foi surpreendido durante esta última visita.
"Ele queria ser um outro tipo de avô nesta visita", disse Randy. "Foi uma boa encenação para os meus filhos." Quando ele chegou, ele estava surpreso que Roberts havia aprendido os nomes de cada um a sua netos, e ele deu a cada um de seus filhos uma nota de 20 dólares e uma cópia autografada de um dos seus livros.
"Esse é seu legado, sua vida de trabalho", disse Randy, dizendo que ele acha que seu avô acreditava que o livro iria dizer algo à seus bisnetos quando eles forem mais velhos.
Apesar da atitude de Roberts com seus bisnetos, Randy disse que sabe que deve ter sido difícil para o evangelista ve-lo. "Eu sei que ele deve ter lembrou de Ronnie. Eu tinha a mesma idade que Ronnie quando ele morreu. Eu sei o que passou a cabeça dele, por várias vezes, quando ele olhou para mim.
"Ele ficou muito isolado e sozinho", disse ele. "Ele estava sempre ocupado demais para os amigos. Então, aqui ele estava com 91 anos. Ele perdeu sua esposa em 2005. "
Seu avô Tulsa era seu parente mais próximo. Ele o descreveu como bondoso e amoroso. Ele morreu no ano em que ele saiu do armário.


Quando seu avô morreu em dezembro passado com 91 anos de idade, Randy decidiu comparecer ao funeral, mas ele não foi convidado para se sentar com a família.
Mas Randy vive uma vida feliz, em Dallas. Ele trabalha em vários empregos para sobreviver. Ele está fazendo alguns artigos sobre vários temas. Ele disse sobre o pouco que ouviu de sua família em um recente artigo sobre sua familia publicado no This Land, um periódico de Oklahoma.
Ele tem um agente e espera publicar um livro sobre o mesmo assunto em breve.
Este artigo foi publicado na edição impressa de Dallas Voice em 09 de julho de 2010. O original em inglês você lê aqui.
Randy no Facebook: https://www.facebook.com/randyrobertspotts?sk=wall

Randy fez um video para campanha Its get better onde fala emocionado de sua vida, de seu tio e de seu avô.
(sem legendas)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Testemunho: Mary Lou WalLner.


Suicídio e Homofobia Religiosa.


Mary Lou e Bob Wallner
Mary e seu marido Bob Wallner
Mary Lou Wallner perdeu a filha lésbica cristã em um suicídio em fevereiro de 1997. História muito parecida com a de Mary Griffith do filme Prayers for Bobby. Sendo criada em um ambiente religioso fundamentalista, Mary Lou foi ensinado a inverdade que a homossexualidade é um pecado. Sua jornada de "tragédia para a transformação" não é nada menos que incrível. Ela e seu marido, Bob, são fortes aliados para Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Eles têm um sincero desejo de ver a igreja aceitar e acolher as pessoas LGBT do jeito que Deus os fez e lideram um estudo bíblico semanal em sua casa para os cristãos LGBT. Ela trabalha ensinado ministérios (para educar sobre as conseqüências da Homofobia), através de palestras públicas, brochuras, oficinas, vídeos e livros.
Mary Lou diz: 
"Não importa o que mais acontece na minha vida, eu sempre vou reconhecer a dor e a tragédia do suicídio de Anna. No entanto, sua morte também trouxe-me cara a cara com a mentira me foi ensinada ao longo da minha vida pela Igreja. Minha transformação ocorreu através de um presente maravilhoso que me foi dada por Deus: conhecer, compreender e amar LGBTS (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Simpatizantes). Eu me orgulho de me chamarem de aliada e tenho a honra de contar com esses filhos de Deus entre meus amigos mais queridos e próximos. Esta nova percepção tem sido apoiada através de um estudo intenso de passagens bíblicas, bem como um diálogo contínuo com os indivíduos de ambos os lados da questão. Espero que o Dr. Dobson e sua equipe na Focus on the Family (organização religiosa anti gay nos EUA) vá me dar algum tempo entre seus compromissos para ouvir a minha história e abrir seus corações para um novo entendimento."
Ouça o testemunho completo

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