quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Filme O Deus Que Não Estava Lá (The God Who Wasn't There)



O Deus que não estava lá (The God Who Wasn't There, 2005) é um documentário de Brian Flemming incluindo, entre outros, Richard Dawnkins, que objetiva questionar os dogmas do Cristianismo. Flemming foi levado a estudar em um colégio religioso por seus pais, até então, tempos depois começar a perceber que estava sendo levado a acreditar em fé e não em evidências. Talvez por isso ele sentiu-se motivado a criar o documentário, como forma de tentar abrir os olhos de pais e crianças que são condicionados a se guiarem pela fé, sem questionar as evidências. Flemming investiga a evidência para a existência de Jesus, concluindo que é altamente provável que o salvador cristão nunca viveu realmente.



Essa é uma realidade ainda muito comum nos EUA que assim como o Brasil conta com um eleitorado religioso significativo, o que se constitui como um perigo ao bem-estar de uma nação. A escola que Flemming estudou ainda existe e ele mesmo vai até o diretor da instituição para questioná-lo, uma das melhores partes do documentário. O documentário segue através de entrevistas com historiadores, cientistas e religiosos. A idéia norte do documentário é levar o espectador acostumado a acreditar na fé a questionar-se: e se eu estiver errado? --; ao longo, muitos cristãos são entrevistados e deixam evidente que simplesmente acreditam porque são levados a acreditar que essa é a verdade, pois a maioria deles não sabem dizer sobre quando Jesus Cristo possivelmente nasceu, onde, os costumes da época, etc. Além de dizer que Jesus é o "Salvador".
Flemming, atuando como provocador e promotor, lançou três campanhas de mídia inusitada para apoiar seu documentário, que ganhou grande atenção da televisão, rádio, jornais e revistas: em dezembro de 2005, a empresa Flemming Beyond Belief Mídia, descaradamente declarou "Guerra ao Natal" e enviou tropas de voluntários para as ruas das cidades dos EUA para dar cópias de "O Deus Que Não Estava Lá". Em abril de 2006, Brian Flemming juntamente com o chamado Pelotão Resposta Nacional (um programa de rádio ateísta na internet), começou a "Guerra na Páscoa" para "provocar uma conversa sobre os perigos da crença religiosa". Os participantes foram convidados a colocar DVDs do documentário dentro ou perto de igrejas cristãs e enviar fotos dessas ações em troca de DVDs.

DOCUMENTÁRIO (legendado PT/BR):


domingo, 23 de outubro de 2011

Filme Children of God (Filhos de Deus).


Esta história de amor arriscada em um paraíso hostil é como um beijo suave na boca seguido de um golpe duro nas costelas. Filhos de Deus (Children of God, trailer e link para download abaixo) é um filme poético com uma dose de realismo trágico. Na exuberante e tropical Bahamas encontramos quatro personagens que são pessoalmente afetados de alguma forma pela intolerância generalizada do país e do ódio da homossexualidade. Johnny, estudante e gay, um jovem sensível e profundamente perturbado, está tendo dificuldade em aceitar a si mesmo em um ambiente onde a homofobia é altamente visível e às vezes física. Lena, a esposa de um pastor de pregação anti-gay suspeita que o marido pode ter um caso e ser adepto do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço" depois que ele passa para ela uma infecção sexualmente transmissível.Johnny tem como única e verdadeira conexão a sua pintura, mas mesmo assim o seu tutor de arte diz a ele para se dedicar ao seu trabalho mais emocionalmente, se ele quer ficar na universidade. Ele lhe oferece uma estadia em sua remota casa de veraneio, a fim de ganhar inspiração e assim, depois de apanhar das mãos de um membro de uma gangue local, ele sai do centro da cidade Nassau e vai para a bela ilha de Eleuthera, uma viagem que Lena também está fazendo a fim de reafirmar a sua determinação em divulgar uma propaganda anti-gay em detrimento da trapaça de seu marido.
Uma vez na ilha, tímido Johnny corre para um antigo colega, Romeo descontraído, vocalista de uma banda e também lutando para conciliar sua sexualidade com as expectativas da família que quer que ele se case. Há uma atração imediata entre os dois homens, mas Johnny tem problemas de confiança e Romeo logo percebe que ele vai ter que resolver isso lentamente. Apesar do comportamento estranho de Johnny, fica claro a Romeu que este "garoto magrelo e branco das Bahamas" vale a pena.Um personagem menos ambíguo no filme é o reverendo Ritchie, que fica com Lena e permite ver algumas de suas vulnerabilidades. Da voz suave e compassiva, ele se sente desconfortável com a posição cada vez mais homofóbica de sua igreja e isso está causando-lhe questionamentos a sua fé. Ele representa uma espécie de meio termo progressista no filme.
A retórica pregada por Lena e seu marido hipócrita latindo para as multidões parece muito real e mescla imagens  reais de noticiários com um confronto, entre a igreja de Lena e a paixão de Johnny, inflamado por ambos os lados. Apesar da ligação entre a homofobia e a sexualidade enrustida não ser uma idéia nova, este é inegavelmente um filme LGBT  importante, o primeiro a ser feito no Caribe, na verdade, uma história de amor profundamente comovente.

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