domingo, 5 de dezembro de 2010

ESPECIAL PADRE FÁBIO DE MELO



Pe. Fábio saindo da Academia.
Fábio José de Melo Silva, mais conhecido como Padre Fábio de Melo (Formiga, MG, 3 de abril de 1971) é um sacerdote católico, artista, escritor, professor universitário e  apresentador brasileiro, pertencente originalmente à Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. Atua na Diocese de Taubaté no interior do Estado de São Paulo. Como cantor, gravou oito discos pela gravadora católica Paulinas-COMEP, um pela gravadora Canção Nova, um projeto independente (Tom de Minas). Seu primeiro disco por uma gravadora secular, Vida, foi lançado pela LGK Music e pela Som Livre, com quem continua gravando, já tendo lançado mais dois discos (Iluminar e Eu e o tempo - CD e DVD) até o fim do ano de 2009. Ao todo, Fábio de Melo já vendeu mais de 2 milhões de cópias de CDs (1,8 milhão apenas na Som Livre), além de 500 mil livros.

Como professor universitário, lecionou teologia na Faculdade Dehoniana de Taubaté. Também apresenta o programa Direção Espiritual naTV Canção Nova, às quintas-feiras, às 22:30 horas. (Fonte: Wikepédia) 
Desde que o Padre Fabio de Melo começou a "ficar pop" vários rumores com relação a sua sexualidade começaram a pipocar pela net. Os boatos começaram a ganhar força após o lançamento do livro Carta entre Amigos em que Fabio "expõe" sua amizade com o deputado federal Gabriel Chalita. Além de um video do Pe Fábio, que ganhou popularidade no YouTube, onde ele faz declarações bem mais coerentes e inclusivas sobre a homossexualidade do que costuma-se ouvir de religiosos católicos e evangélicos. 
Apesar de ainda pregar a reversão, o discurso no tom menos condenatório do Pe. Fabio talvez já seja uma luz no fim do túnel para quem acha que a igreja católica nunca mudará o discurso contra os homossexuais. O vídeo é antigo, mas para quem ainda não assistiu, vale muito a pena. 



Agora Pe Fábio e Gabriel Chalita lançaram o segundo livro Carta entre Amigos e as polêmicas continuam. O Deputado Federal Jean Wyllys em sua coluna em um jornal Baiano fez a seguinte crítica sobre o Livro:
Pe Fabio de Melo e o Deputado Federal
Gabriel Chalita no lançamento do Livro
Carta entre Amigos 2.
"É, de Fábio de Melo, a frase que melhor define o livro: “A carta é um mecanismo maravilhoso que nos proporciona a experiência do encontro”. Carta Entre Amigos... é um livro sobre a amizade como modo devida; e, por isso mesmo, é um livro homoafetivo, uma vez que o modo de vida homossexual está fundado na amizade e na consequente troca de intimidades e de repertórios culturais entre amigos: gays convivem e se abrem mais com os amigos do que os heterossexuais, pois, contam bem menos com o amor e o acolhimento da família do que estes.

Não quero dizer, com esta afirmação, que Gabriel Chalita e padre Fábio de Melo sejam homossexuais, mas, sim, que suas cartas refletem a fragilidade da identidade masculina diante da visibilidade e das conquistas do feminismo e do movimento gay" (crítica completa).
Provavelmente respondendo a críticas de Jean e/ou de outros jornalista Pe Fabio escreveu recentemente em seu blog:
"Meu ofício está na vitrine. Atiram pedra os que querem. Banalizam como podem. Manchetes imensas noticiando coisas pequenas, desnecessárias. Preferem evidenciar alguns detalhes de minha condição humana.
Padre galã... Frequenta academia? Já fez plástica? Lipoaspiração? É a favor da camisinha? Tem amigos homossexuais? As perguntas não dizem respeito ao que quero anunciar.
Meu ofício. Eu sou da Igreja. Não criei uma seita à minha imagem e semelhança. Sou padre católico, apostólico, romano, vivendo no Brasil. Minha tentativa é acertar o alvo da misericórdia. Desejo de mostrar que o Evangelho é para nos tornar melhores. Gestando fraternidade, tolerância com os diferentes, abraço carinhoso que nos recorda que precisamos uns dos outros, mesmo que não tenhamos as mesmas convicções religiosas. Evangelho como proposta de aproximação, ponte com a casa do vizinho, para que a gente possa trocar medidas de café, colheres de açúcar, sorrisos ofertados enquanto lavamos a calçada em dias de sol escaldante.
Meu ofício. Minha sina de ser vitimado pela reportagem qualquer, feita pelo repórter que não sabe absolutamente nada a meu respeito, e que na responsabilidade de dizer, disse qualquer palavra...
O jornal de hoje embrulhará o peixe de amanhã. Pronto."



Não sei o motivo dele ter usado o termo "condição humana", mas muitos líderes religiosos, não necessariamente líderes de igejas inclusivas, mas líderes de igrejas tradicionais, mas que usam um discurso menos agressivo e mais receptivo aos fiéis gays gostam de se referir a homossexualidade de seus fiéis como sua "condição humana" aos invés de taxar como escolha ou opção sexual. Apesar de logo em seguida Pe Fabio listar quais detalhes de sua condição humana ele se refere e entre elas citar apenas amigos homossexuais e não sua suposta homossexualidade, achei interessante ele ter se referido a si próprio com esse termo. Será? rs

3 comentários:

Felipe Amorim disse...

Nossa! Não creio que ele seja gay...
Há muita especulação envolvida, e muito poucas evidências.

Independente disso, porém, a postura dele é louvável.
É madura, contempôranea e corajosa a perspectiva que ele tem em relação ao tema; e sobretudo cristã.

Parabéns pelo blog, cara. Idéia genial.

Anônimo disse...

Por Justin Raimondo, Homossexual Americano postado no Blog do Carmadelio:

"Os líderes do movimento gay estão brincando com fogo. A grande tragédia é que não serão eles os únicos que sairão queimados. A volatilidade dos temas que eles vêm levantando – temas que envolvem religião, família e as mais elementares premissas do que é ser humano – cria o risco de uma explosão social pela qual eles devem ser responsabilizados."

"Tanto para homossexuais quanto para heterossexuais, estes direitos se fundem num único princípio: o direito de ser deixado em paz. Politicamente, o movimento pelos direitos dos homossexuais deve voltar às suas raízes libertárias. Isto iniciaria o imprescindível processo de despolitização da homossexualidade e evitaria uma perigosa guerra cultural que a minoria homossexual jamais poderá vencer."

"Já é tempo de se questionar o mito de que o movimento pelos direitos homossexuais fala por todos, ou mesmo pela maioria dos homossexuais. Isto não acontece. Leis que estabelecem “direitos homossexuais” violam os princípios do autêntico liberalismo, e os homossexuais deveriam levantar sua voz contra elas – a fim de se distanciarem dos excessos deste movimento destrutivo, a fim de evitar conflitos sociais e para corrigir alguns graves males já criados."

"A obsessão em “assumir” sua própria homossexualidade e o auto-centrismo essencialmente feminino deste tipo de ritual é certamente um outro traço do movimento homossexual que deve ser eliminado. Será que nós realmente temos que conhecer as predileções sexuais de nossos vizinhos e colegas de trabalho, ou mesmo de nossos irmãos e irmãs, tios e tias?"


"Ao invés do moralismo da “visibilidade” gay, uma solução sensata para a Questão Homossexual seria uma convocação de retorno aos deleites da vida privada, uma redescoberta da discrição ou mesmo do anonimato. A politização da vida cotidiana – do sexo e das instituições culturais fundamentais – é uma tendência a que devemos resistir com tenacidade: não apenas os homossexuais, mas os amantes da liberdade em todas as esferas de realização humana."

Artigo originalmente publicado na revista The American Enterprise.

EXISTEM GAYS SÉRIOS
QUE SABEM RESPEITAR E
MERECER RESPEITO. OS OUTROS
FORÇAM A CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO
DA HOMOFOBIA.

Unknown disse...

O movimento gay de fato não fala por todos os gays, mas pelo menos fala pela parte que mostra a cara.
Geralmente os gays que não são "representados" pelo movimento, são os que estão em suas zonas de conforto, no anônimato, escondidos em casamentos pseudo heteros frustrados e vivendo uma vida de mentiras e traição. Justamente os gays que o dito artigo quer que exista, nunca li nada tão preconceituoso qnto isso.
Não existe nenhuma guerra cultural, o movimento GLBT apenas se defende dos milhares de anos de homofobia sofrida. Se não fossemos perseguidos não haveria reação. O que os "movimentos anti-gays" querem é que continuemos apanhando sem reclamar, escondidos, acuados e foi o que ficou claro nesse artigo.

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