sábado, 30 de outubro de 2010

ESPECIAL LANNA HOLDER: A MUDANÇA NO TESTEMUNHO DE LANNA.

ATENÇÃO: A terceira parte deste post é a parte que Lanna apresenta uma nova forma de pensar a questão sobre a homossexualidade na igreja, caso já conheça o testemunho de Lanna siga até o final do post e leia diretamente a partir da terceira parte. 

Lanna Holder é uma missionária evangélica que no inicio dos anos 2000 ganhou fama internacional ao contar seus testemunhos de libertação e dizer que era "ex-gay". Foi a primeira mulher a pregar no maior congresso pentecostal brasileiro, os gideões e já vendeu mais de 1 milhão de DVDs.
Casou-se, teve um filho mas não conseguiu resistir as pressões e "caiu" novamente tendo um relacionamento extra conjugal com uma ministra de louvor de sua igreja.
Hoje divorciada, Lanna voltou ao ministério missionário adotando um tom mais inclusivo em suas pregações apesar de parecer ainda defender a reversão. 
Pesquisando entrevistas passadas e atuais, inclusive do site oficial de Lanna, onde tem uma seção de perguntas e respostas, podemos perceber que Lanna já entende e aceita melhor sua sexualidade e caminha para um evangelho mais inclusivo. Será que um dia teremos Lanna numa igreja inclusiva?

Veja algumas resposta de Lanna antes, durante e após o divórcio:

ANTES DO DIVÓRCIO EM ENTREVISTA AO PORTAL ELNET

ELNET - Quando você teve contato com o homossexualismo?
Lanna Holder - Com apenas 12 anos de idade conheci o lesbianismo. Aos 17, fui a uma boate gay e tive a minha primeira intimidade sexual com mulher. Logo depois desse acontecimento, saí de casa para morar com uma mulher 12 anos mais velha do que eu.

ELNET - E como foi a sua conversão?
Lanna - Sempre dizia que nem Deus poderia mudar a minha opção sexual. E a gente não pode mexer com Deus! Minha mãe, que era prostituta, se converteu e comecei a notar a diferença. Ela me evangelizava, mas me sentia pecadora demais pra Deus ouvir as minhas orações. Além disso, eu sempre dizia que só iria me converter quando ficasse velha. Um diácono da igreja da minha mãe me mostrou a passagem Apocalipse 22.15. "Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira'';. Eu pedi para que ele parasse de ler porque eu não agüentava. Pedi para que ele orasse por mim, porque eu queria aceitar Jesus.
ELNET - Quando isso aconteceu?
Lanna - Foi no dia 12 de dezembro de 1995, aos meus 21 anos. Larguei todas as minhas práticas imediatamente. Pedi à minha mãe, que ligasse para a minha ex-companheira e avisasse que eu não iria mais voltar, pois havia me convertido. Milagrosamente o álcool, as drogas e o homossexualismo ficaram para trás.
ELNET - Como foi a transição física, antes com trejeitos masculinos e agora, com trejeitos e caráter femininos?
Lanna - A primeira mudança foi a roupa. Eu não usava somente calça jeans. Comprava roupas sempre na seção masculina das lojas. Atualmente não uso mais calças pelo fato de querer diferenciar isso. Fiz uma campanha de jejum, acordava de madrugada para orar e louvar, pedindo sempre a Deus que me libertasse dos trejeitos masculinos. Deixei também o meu cabelo crescer e a tatuagem que tenho já está ficando desbotada e tenha a certeza que Deus vai tirar, como Ele já me prometeu.

ELNET - Como uma mulher pregadora, você já sofreu algum preconceito?
Lanna - Assim que me converti, seis meses depois já comecei a pregar. Uma vez fui pregar em Pernambuco e logo depois um pastor me disse que era muito nova .'' Você é mulher, então vai sentar no banco, vai estudar a Bíblia, porque o que você está fazendo não é pra você, não
agora, só depois de muito tempo de experiência com Deus e pregação'', dizia ele. Eu fui pra casa chorando muito e perguntei a Deus o porquê daquilo. E Ele me respondeu através daquele versículo que diz que Deus usa as coisas loucas deste mundo pra confundir as sábias. Deus me mandou pregar e tem me usado e a palavra dele tem se cumprido.

ELNET - O seu esposo é pastor e deixou o púlpito pra se dedicar ao seu ministério. Geralmente é o contrário: a mulher é quem se dedica ao ministério do marido. Como é isso?
Lanna - O Samuel tem o maior prazer de estar junto comigo neste ministério. Como viajo muito, ele percebeu que era importante estar sempre ao meu lado. O Samuel sempre diz que é muito realizado. Eu não vivo sem o meu marido porque ele administra o meu ministério. Ele também escreve e tem algumas mensagens também. Trabalhamos em conjunto, nos complementamos.

ELNET - Quando o seu filho crescer e souber de todo o seu passado, como vai ser? Você tem algum receio?
Lanna - Não! No testemunho de Gideões levantei o meu filho, que se chama Samuel também, para as pessoas verem o que Deus fez na minha vida. É claro que não é o meu filho e o meu marido que vão provar a minha libertação. O que liberta é o conhecimento do Sangue de Jesus, a comunhão com Deus, mas eles foram um presente. Tenho muito prazer de mostrar o meu marido e o meu filho.
ELNET - Alguns dizem que o homossexualismo tem uma origem genética. O que acha?
Lanna - Em todos os casos acredito que há influência maligna. No meu caso, especificamente, foi uma maldição hereditária. Meu pai queria que eu fosse homem e isso inconscientemente afetou.

ENTREVISTA DADA A REVISTA ECLÉSIA DURANTE O DIVÓRCIO

A Igreja Evangélica foi sacudida por um escândalo envolvendo a missionária pernambucana Lanna Holder, 29 anos. Ligada ao ministério da World Revival Church - Igreja do Avivamento Mundial, nos Estados Unidos, Presidida pelo Pr. Ouriel de Jesus, a igreja freqüentada por brasileiros que vivem na região, Lannateve um caso homossexual com a dirigente do louvor daquela comunidade. 
Logo, o ti-ti-ti e a boataria correram soltos. Dizia-se que ela fora presa e deportada, após ser surpreendida pelo marido com a parceira dentro de um carro.
A coisa teria chegado ao ponto de ela ter levado uma surra do marido....
O episódio só tomou tal proporção devido à ausência de informações e, claro, à popularidade de Lanna no segmento pentecostal. Pregadora itinerante, ela ficou famosa ao percorrer igrejas, no Brasil e no exterior, contando seu testemunho de conversão que inclui, justamente, a libertação de uma vida promíscua, marcada pelo uso de drogas e pelo homossexualismo.
Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Dutra da revista Eclésia feita por telefone de sua casa em Boston:

ECLÉSIA - A senhora realmente deixou de ser homossexual quando aceitou a Cristo?
Lanna - Eu fui curada por Jesus e não tenho dúvidas quanto a isso. Fico triste quando vejo gente por aí dizendo: “A Lanna caiu porque não era liberta de verdade”. Isso é coisa de quem não conhece a Bíblia. As Escrituras narram que vários personagens que viviam segundo os desígnios do Senhor caíram - isso é do homem. Vemos gente que saiu do adultério voltar a adulterar; alcoólatras libertos que um dia caem e tomam a beber. A pessoa que tem um passado negro como o meu está sempre sujeita e suscetível a uma queda.
ECLÉSIA - Na época de sua conversão, a senhora submeteu-se a alguma terapia espiritual para suprimir suas inclinações homossexuais? 
Lanna - Não me submeti a nenhum trabalho específico voltado para essa área. Eu me converti na Assembléia de Deus e lá eles não têm esse tipo de atendimento.

ECLÉSIA - A Igreja é mais radical quando o pecado atinge a área sexual? 
Lanna - Sem dúvida. Os pecados da área sexual são tratados pelas igrejas de maneira muito mais severa. Um irmão ou pastor que rouba o dinheiro da tesouraria e que administra a verba ao seu bel-prazer, ou aquele que difama os outros, por exemplo, é visto como um “pecador normal” - às vezes, nem são observados. Não é o que acontece com quem comete erros sexuais. Há uma fixação da Igreja por essa área.
ECLÉSIA - Por que? 
Lanna - É simples - a Igreja, principalmente a brasileira, está mais doente que o mundo. Sabe por quê? Porque ela conhece a verdade mas age como se não a conhecesse. A Igreja conhece a graça de Deus, mas a despreza. Só para você ter uma idéia: quando eu caí em pecado, estava nos Estados Unidos. Voltei para o Brasil na tentativa de me afastar da outra mulher e de restaurar meu ministério. Mas vários pastores da América ligaram para o Brasil para relatar o que acontecera. Quando você está bem, é respeitado. Mas quando se está à beira do precipício, algumas pessoas que estão dentro da Casa de Deus não socorrem. Empurram.
ECLÉSIA - Ao longo de seu ministério, a senhora tomou conhecimento de homossexuais, homens ou mulheres, que vivem dentro das igrejas sem resolver esta situação? 
Lanna - Só não posso te falar que em todas as igrejas encontrei pessoas assim porque não quero mentir. Mas sem medo de errar, em 90% das igrejas existem pessoas com problemas relacionados ao homossexualismo. Sempre que eu dava meu testemunho, as pessoas me procuravam para contar seu drama e pedir conselhos. Elas se abriam comigo — mas não faziam o mesmo com seus pastores, pois tinham muito medo. Eles diziam que não confiavam em ninguém. Então, eu falava para eles tomarem como exemplo o milagre que Deus fez na minha vida e que abandonassem o pecado.
ECLÉSIA - O que de fato aconteceu com a senhora neste caso? 
Lanna - Eu me apaixonei por uma mulher, fui tentada e caí em pecado. Houve um envolvimento sentimental muito forte que, infelizmente, mexeu com meu passado de homossexualismo. Mas fico triste quando alguém diz que eu nunca mudei de fato e que enganava as igrejas. Isso é mentira. Jesus realmente me libertou de uma gaiola até há alguns meses, mas eu fui presa lá de novo.
ECLÉSIA - Se voltou ao Brasil para restaurar sua vida, por que, então, está vivendo agora nos EUA?
Lanna - Porque eu preciso juntar dinheiro suficiente para quitar uma divida que ultrapassa os R$ 100 mil. Trabalhando no Brasil, eu jamais conseguiria pagar tudo isso.

ECLÉSIA - Qual a origem de tamanho prejuízo? 
Lanna - Muitas pessoas que haviam comprado meu material para vender nas igrejas sustaram os cheques, assim que o escândalo estourou.
ECLÉSIA - Quais foram os pastores que lhe deram calote? 
Lanna - Não gostaria de citar nomes. São pastores de grandes igrejas e de igrejas da periferia, também.
ECLÉSIA - Mas o que aconteceu com todos os recursos arrecadados pela venda de suas fitas e vídeos durante tanto tempo? 
Lanna - Meu ex-marido cuidava disso para mim. Ele administrava toda essa questão de dinheiro. Eu mesmo nem sei ao certo quanto arrecadava com a venda dos produtos. Só sei que agora devo e muito.

ECLÉSIA - Seu casamento foi influenciado por pressões da igreja, como uma forma de provar que não era mais lésbica?
Lanna - Não, de forma alguma. Eu me casei porque quis.
ECLÉSIA - E por que seu casamento naufragou? 
Lanna - Nós não conseguimos resolver as coisas de uma maneira melhor por causa dos vários compromissos que eu tinha com o ministério. Meu casamento foi abaixo também por causa disso. Meu ritmo de vida era alucinante, chegava a pregar três vezes ao dia em locais diferentes. Havia também as viagens. Isso proporcionou que a gente se afastasse. Nós passamos por graves crises em nosso casamento, principalmente na área sexual. Chegamos a ficar quase um ano sem manter relações sexuais. Dá para acreditar? Eu cheguei a cobrar do meu marido um compromisso sexual comigo. Dizia para ele que, devido ao meu passado, eu tinha que ser plenamente saciada por um homem nesta área. Mas nada mudava. Ele só me dizia que eu não podia deixar de pensar no ministério. Nosso casamento não tinha mais jeito.
 ECLÉSIA - Vocês já estão divorciados? 
 Lanna - Ainda não, pois estamos sem dinheiro. Mas vamos usar um serviço social americano para resolver essa questão o mais rápido possível. Meu sonho neste momento, mais do que voltar a ter algum ministério, é ter uma família. Peço a Deus um marido. Um homem que realmente me faça feliz e me dê pelo menos mais dois ou três filhos.
ECLÉSIA - Após a divulgação do escândalo, alguns dos setores que antes a solicitavam têm apoiado a senhora? 
Lanna - Não, ninguém me procurou. A única pessoa que realmente tenta me apoiar - aliás, eu me emociono pela maneira como faz isso — é meu pastor [Manoel Antonio Ribeiro, da Assembléia de Deus do Monte, no Rio de Janeiro]. E olha que nós sequer nos falamos depois de tudo que me aconteceu. Eu tento poupá-lo do constrangimento. Mas aquele é um servo de Deus, um homem de bem. Para não ser injusta, a pastora Zilmar, esposa do pastor Jabes de Alencar [líder da Assembléia de Deus do Bom Retiro, igreja paulistana], foi me visitar em São Paulo, assim que soube que eu tinha caído em pecado. Ela veio em nome da igreja e ofereceu ajuda para o que eu estivesse precisando. Levaram até uma cesta básica para mim.
ECLÉSIA - O que mudou no tratamento recebido pela senhora nas igrejas, antes e depois de sua queda? 
Lanna - Eu sempre tive a graça de Deus na minha vida. Onde eu chegava, independente de local, era recebida com carinho. Isso é interessante, porque por mais que existam pessoas que saíram do homossexualismo, poucas têm coragem de dizer por causa do preconceito, do medo de ser apontada, criticada. Mas eu me expus e meu passado nunca pesou para mim quando entrava na casa dos pastores, por exemplo. Sempre fui tratada com respeito e até hoje muitos crentes me perguntam como estou, se estou em dificuldades, quando por acaso esbarro com algum deles pela rua. Eu acreditava que receberia apoio espiritual dos grandes pastores, dos grandes homens de Deus que sempre estavam perto de mim, mas foi o povo, os irmãos das igrejas que me apoiaram e têm demonstrado amor por mim.
ECLÉSIA - A senhora saiu do Brasil dizendo que recebeu um chamado missionário. Quanto a Igreja de Boston lhe pagava? 
Lanna - Nós nunca falamos numa verba fixa. O convite aconteceu, mas acabou não se concretizando por causa da minha queda. Ou seja, eu nunca fui missionária daquele ministério. No início de 2003, eu recebi a proposta de uma igreja americana para ir morai nos EUA, já que eu estava viajando sempre para lá. Eu disse isso ao pastor Ouriel de Jesus, que imediatamente me fez uma proposta para ficar como missionária de sua igreja. Eu iria ficar pregando nas dezenas de igrejas dele no mundo inteiro e venderia meus produtos, mas não ganharia uma oferta fixa. Mas logo depois tudo aconteceu e achei que a proximidade com a mulher com quem tive o caso seria muito pior para mim.
ECLÉSIA - Qual foi a postura do pastor Ouriel diante do escândalo? 
Lanna - No dia em que eu sentei com o pastor Ouriel para confessar o meu pecado, ele falou que, diante do ocorrido, não poderia cumprir o que havia sido combinado. Ele disse que iria nos ajudar até que superássemos o problema. Até me aconselhou a voltar para o Brasil e a me submeter à disciplina de meu pastor. Quanto à outra pessoa envolvida, o próprio Ouriel a disciplinou.
ECLÉSIA - E quanto à outra mulher - a senhora nunca mais a viu? 
Lanna - Não temos mais contato algum. Ela é proibida pela igreja de falar comigo, mesmo que nos víssemos na rua. Não é possível qualquer tipo de aproximação. Além disso, o marido dela não superou a crise e mantém uma mágoa muito grande de mim.
ECLÉSIA - Quais são seus planos, agora? 
Lanna - Gosto das igrejas daqui. Embora eu passe um momento de cobrança, as pessoas me perguntam quando vou voltar. Dizem que sentem saudades de me ver diante do púlpito, pregando... Conversei com vários pastores aqui que dizem o mesmo. Mas eu não posso voltar só para matar a saudade das pessoas. Eu não deixei de ser crente, mas não posso pregar o que não vivo. Portanto, não sei quando e nem mesmo se voltarei 

ECLÉSIA - Como a senhora define a sua situação espiritual? 
Lanna - Eu me lembro de que, quando aceitei a Cristo, não conseguia mais deixar de falar de Deus. Até hoje o Senhor me dá mensagens. Você acredita? Mas é verdade. Não consigo viver sem pregar. Eu gosto, está no meu sangue. Sei que nasci para pregar. Mas eu não sei o que o Senhor vai fazer comigo ou como vai me usar no futuro. Hoje, não sei se vou ou não voltar ao ministério — só posso dizer que estou em processo de restauração e creio que Deus tem algo maravilhoso preparado para mim. Sei que estou em pecado, mas sei também que Jesus me ama e estou trabalhando minha restauração. Não quero ir para o inferno!

VEJAM AGORA ALGUMAS RESPOSTAS DADA EM SEU SITE OFICIAL APÓS O DIVÓRCIO:


Missionária, já se livrou do homossexualismo? Como está sendo este recomeço?
Na realidade, minha sexualidade não pode jamais definir meu relacionamento com Deus e tão pouco limitar o ministério dEle em minha vida. O que hoje eu sou, é fruto do amor do Pai e não uma definição chula como homossexual ou ex-homossexual. Aliás são palavras taxativas por demais.
Minha identidade de filha me isenta de qualquer rótulo inferior, por isso meu recomeço tem sido firmado no que o Pai me tornou e não naquilo que a sociedade ao meu redor me rotulou.


Gostaria muito de comprar o seu material, como consigo? Minha irmã é homossexual e eu gostaria que ela assistisse ao seu testemunho.
Em breve haverá no site uma loja virtual com todas as mensagens destes onze anos de ministério. O qual sem dúvida, lhe dará a possibilidade de adquirir o DVD com o testemunho.
Enquanto isso não acontece, me permita ser objetiva quanto a sua irmã. Mediante o que ela está vivendo, se você realmente deseja ganhar a alma dela para Cristo, apenas pregue a palavra e não exija midanças precoces, deixe que o Espírito Santo realize o trabalho dele em tempo oportuno e determinado. Ao passo que isso acontecer, apenas a ame, afinal o amor é o resultado da graça.

Missionária, gostaria de voltar o relacionamento com seu ex-marido?
Estas perguntas são frequentes e profecias também... (risos)
Minha resposta é não minha irmã, estamos vem dessa maneira!
Na realidade, meu relacionamento com meu ex-marido já está bem mais que definido. Estamos divorciados à quatro anos (pela lei americana) e já oficializamos o divórcio no Brasil. Ao passo que ele já está casado novamente e acredito que feliz. Assim, no momento o que nos une como amigos é o nosso filho.
Como indentificar se é um espírito de homossexualidade ou uma deficiência na alma por carência infantil?


Na realidade a deficiência está mais na igreja ou na instituição que tenta definir a raíz da homossexualidade do que nos indivíduos que lutam em meio as próprias dúvidas. A falta de preparo das igrejas e seus centros de reabilitação impõe a essas pessoas que já carregam um julgo pesado, um fardo ainda mais grosseiro. Que estes definam a base da Bíblia a origem e natureza da homossexualidade, porque ela nada diz como sendo de origem malígna ou como doença. O mais eu creio que possa sim ter sido por influência de abuso na infância, mas e quanto aqueles que nunca forão molestados? Assim eu deixo para Deus as respostas que nem eu, e nem ninguém tem!


A paz missionária! Aceitei a Cristo recentemente. Fui homossexual antes. Agora tento mudar tudo o que fazia e muitos me criticam e me aconselham. Quero que tudo em minha vida mude repentinamente. O que faço?
Nosso anseio de agradar a Deus nos leva a desejar prontamente alcançar o alvo.
Nesses quase quatorze anos de conversão aprendi que somos muito conduzidos por aquilo que as pessoas pensam a respeito de Deus e tentam impor a nós mesmos como verdades espirituais absolutas, quando na realidade nosso relacionamento com Ele é que definirá a base da nossa intimidade.
Não vamos agradá-Lo só porque acertamos, mas simplesmente porque não desistimos de tentar, mesmo que falhemos em muitas das vezes.
O problema é quando procedemos olhando para os lados, preocupados em como agradar a todos, e como humano não suportaremos de forma alguma a pressão, e arrebentaremos em revolta até mesmo contra Deus.
Querido tenha calma, Ele finalizará a obra, e se todas as mudanças que você deseja NÃO ocorra, todavia o amor Dele por você se fará imutável.
Viva com Ele um relacionamento não uma permuta diária!

Me mostre biblicamente que no relacionamento homossexual, não há influências malignas.
Minha querida suas perguntas são um reflexo latente das ansiedades da sua alma, mas irei prontamente lhe responder, sabendo que algumas perguntas são como laço para mim, mas as respondo no intuito que o Senhor sonde entre meu alvo e o alvo dos demais.
Não estou aqui para defender a crise existencial ou homossexual de alguns, ou o movimento gay, estou aqui para pregar o Evangelho e, diga-se de passagem, a toda alma moribunda, das quais não me excluo. Biblicamente falando não temos nenhum exemplo de relacionamentos homossexuais para nos basearmos, mas quando em uma das respostas eu convidei os interessados no assunto a sondarem as Escrituras para definirem biblicamente a questão eu estava expondo uma triste realidade: sempre espiritualizamos ou atribuímos ao diabo o que não dominamos em completo conhecimento, e ao Pai cabe dizer onde há ação maligna, ou deficiência de alma e não a mim.


Gosto muito de você e sempre acreditei na sua volta. Quando vinham criticar, eu não gostava e sempre dizia o cair e do homem e o levantar de Deus! Tenho um desejo de te conhecer pessoalmente. Estou passando pelo deserto e as vezes penso que não vou sair mais. Vendo você firme e forte, creio no milagre. Desejo de coração toda benção do mundo pra você e seu filhoComo conseguiu sair do deserto em que se encontrava. Alguém lhe ajudou? Você agora esta em alguma igreja? Qual? Qual a sua opinião sobre aqueles que vêem seus irmãos caídos e não lhes é dado apoio?
Qualquer questão que eu possa suscitar a respeito desse assunto pode parecer uma autodefesa a tudo quanto eu mesma enfrentei em todo o processo de queda e desolação, mas não é.Certa vez eu li uma frase do Rev. Caio Fábio que dizia que a igreja é o único exército que mata os seus soldados feridos. Sem dúvida só podemos definir isso como verdade quando passamos por crises e fracassos no meio do rebanho e somos mutilados dia após dia pela indiferença e falta de amor de todo o sistema e quanto a isso somente o avivamento genuíno pode mudar este caos, trazendo o amor ao seio da igreja.
Graças a Deus que na época a Pastora Márcia Cunha resolveu fazer diferença na minha história, e me ajudar mesmo que estivesse sofrendo muitas afrontas por isso, me ajudando e me pastoreando por três anos. 


Missionária Lanna, tenho um problema com homossexualismo, tento me conter até mesmo me privar de tudo e de todos. No momento estou afastada da igreja, mas toda vez que tento reconciliar com a igreja, a opressão maligna é muito forte junto com os pratos do maligno. Já tentei pedir auxílio mas é aquela coisa, ninguém sabe como lidar com essa situação! Como lidar com homossexualismo?
É normal que essas perguntas sejam freqüentes aqui no site, devido ao meu passado e a fatores ainda assim recentes que causaram o meu divórcio e minha parada ministerial por quatro anos.
Na realidade não existe, ao contrário do que muitos afirmam, uma formula mágica ou um roteiro de rituais religiosos nem mesmo de exorcismo para se resolver esta questão na vida dos que vivem tal dilema.
Particularmente e por experiência própria eu lhe aconselho a servir a Deus ainda que sinta que sua natureza não possa ser mudada, embora acredito que o crescimento na graça lhe conduzirá a um estágio de domínio próprio sobre essa circunstância. (Comentário do Blog: Reparem que aqui ela fala em domínio próprio, ou seja manter uma vida sexualmanete Inativa, e não em mudança ou reversão para heterosexualidade)
Todavia lhe peço que não desista afinal quem poderá lhe separar do amor de Cristo? Mediante a uma imensa lista de fatores externos que jamais poderiam afastar o apóstolo Paulo dessa grande descoberta do amor Ágape, eventualmente ele mesmo descobriu que nem mesmo um espinho na carne o separaria Dele e senão separou ao pobre Paulo,  tão pouco a nós.

Missonária Lanna, primeiramente quero agradecer a Deus por sua vida determinada mesmo em meio a tantas pedradas recebidas. Deus é contigo! Você atualmente esta debaixo de alguma liderança espiritual ou está dizimando em alguma igreja. Se sim, qual?
Meu amado irmão sou membro da igreja Assembléia de Deus em Cidade Nova no Rio de Janeiro, isso referente ao Brasil. Quanto a America estou ligada ao ministério El Shekkinah, como estou ligada a ambos os ministérios sei que meu compromisso é com ambos! 


Sou lésbica desde meus cinco anos, hoje tenho quarenta e seis. Como posso me livrar dessa maldição?
Primeiramente, desejo saber qual é a base que lhe leva a crer que seja consequência de uma maldição em sua vida? Em outras respostas relacionadas ao assunto, falo sobre o fato de pessoas que nasceram no evangelho sem possibilidade de estarem sendo visitadas por maldições passadas e que tiveram pais e avós cristãos e no entanto sofrem com tal inclinação. Sendo assim, você deve ter um motivo específico que te leve a crer piamente que em seu caso se trate de uma maldição por alguma prova cabal!
De outra forma, diria que você está dentre tantos casos reincidentes de pessoas que desde a infância sentem essa tendência à atração pelo mesmo sexo, por isso está incluída no rol dos que teem maior dificuldade em mudar sua inclinação e referência de identidade sexual.
Por isso lhe aconselho a continuar servindo ao Senhor ainda que não consiga mudar sua sexualidade. Essa insistência pode ser extremamente desgastante, por isso mantenha seu alvo na sua intimidade com o pai.

Missionária Lanna, foi fácil sair do homossexualismo? Fui homossexual e ainda tenho algumas coisas que me perseguem.
Definindo a homossexualidade em três classes, das quais está inclusa nas respostas dadas as diversas perguntas sobre esse assunto, Diria que depende em qual delas você esteja incluído.
Para muitos isso é um absurdo, mas não lido com espiritualidade abusiva fingindo ter resposta para o que não tenho e intentando ser a bússola na vida de tantos que se sentem perdidos quanto a essa questão. Me despojei do peso dessa responsabilidade quando vi alguns dos meus próprios conceitos e critérios teóricos caírem diante de mim em plena prática.
Prefiro admitir que nem todos conseguem mudar essa inclinação, sei que é inadmissível tal resposta visto que o Senhor cura todas as enfermidades (considerando a opinião daqueles que definem a homossexualidade como doença). Por que então, nem todos os que creem são curados de câncer ou de qualquer outra mazela? É porque eu acredito que o Senhor trabalha diferente com cada indivíduo, da mesma forma creio que cada pessoa que sofre com essa situação tem uma resposta diferente de outros.
Resumindo, talvez você nunca consiga ser como os demais homens, mas poderá ser como qualquer outro adorador, ou qualquer outro filho dentre tantos distintos! Nele que nos ama!

Tem muitas outras perguntas e respostas no site e se você quiser fazer sua pergunta a Lanna, visite o site e deixe a sua: http://www.lannaholder.org/index.php

Veja entrevista de Lanna ano passado:

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Gays no Divã (Reportagem da Época)


Pesquisa realizada na Inglaterra mostra que um em cada seis terapeutas usa práticas para "curar" a homossexualidade de seus pacientes. Especialistas ouvidos por ÉPOCA refutam esse tipo de tratamento, que pode ser perigoso para quem busca conviver com sua sexualidade
DANILO CASALETTI
 Reprodução
Na Inglaterra
Pesquisa mostra que terapeutas ainda tentar 'curar' os gays
"Hoje vivo uma sexualidade sadia”. É como essa frase de alívio que a carioca Claudia Machado, de 34 anos, lembra-se da fase em que tentou negar, e, depois, reverter a sua homossexualidade. Nascida em uma família humilde, Cláudia foi criada dentro de uma religião que classificava como pecado a homossexualidade. “Passava dias e dias rezando para expulsar meus sentimentos de dentro mim”, diz. Cláudia namorou rapazes e chegou a ficar noiva, aos 24 anos. Na época, encontrou um outro grupo religioso que prometia "curar" sua preferência sexual. “Negava meu desejo. Quase fiquei louca. Viajava para pregar dizendo que havia me 'libertado' da homossexualidade, mas sentia desejo pelas minhas companheiras de quarto”, afirma.

A verdadeira libertação, segundo Cláudia, veio quando passou a aceitar que gostava de pessoas do mesmo sexo. Procurou um grupo de apoio para lésbicas no Rio de Janeiro e descobriu que o que sentia, na verdade, não era uma doença. Conheceu sua companheira, com quem vive há 10 anos, e passou a militar pela causa dos homossexuais. Em 2003, foi chamada pelo hoje ministro do Meio Ambiente Carlos Minc para participar de um debate na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro sobre um projeto que pretendia legalizar um tratamento para reversão de gays. “Graças a Deus essa maluquice não foi aprovada”, diz.

Não há nenhum tratamento para a homossexualidade, que, desde dos anos 90, foi retirada da lista de doenças mentais, mas casos como o de Cláudia, de tentativa de "reversão", são mais comuns do que se imagina. Dentro dos consultórios, inclusive, como mostrou uma recente pesquisa divulgada na Inglaterra. Um estudo com 1400 psiquiatras e terapeutas publicado pela revista especializada BMC Psychiatry concluiu que um em cada seis profissionais admite ter tratado pelo menos um paciente para alterar os seus sentimentos homossexuais, mesmo sabendo que a prática é condenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o estudo, as entidades religiosas são as que mais estimulam a crença de que a homossexualidade pode ter "cura". Em um artigo publicado no jornal britânico The Independent, o professor Michael King, da Universidade College Medical School, em Londres, afirma que os jovens encontram esse tipo de promessa principalmente na internet e depois levam a questão para seus terapeutas. “Se o terapeuta não tem bom senso o suficiente para dizer que o desejo homossexual é uma parte deles e não há nada patológico nisso, os pacientes podem ser seduzidos a tentar a reversão”, afirma King.

Como não é doença, não há cura 
Segundo Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora geral do ProSex (Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo), todo homossexual que for egodistônico, ou seja, que não aceitar sua condição sexual e tiver conflito em relação à sua sexualidade pode ser tratado por um psiquiatra ou terapeuta. Não para reverter ou mudar a sua tendência, mas para tentar se adaptar à sua condição. Essa é a orientação da OMS, que há 15 anos tirou da homossexualidade o status de "doença mental". ”Todos os tratamentos aplicados até então para curar um homossexual não davam certo, pelo contrário, tornavam a situação dele ainda mais crítica”, diz Carmita. 

Para ela, a tentativa de "reverter" a homossexualidade de um paciente acabava por deixá-lo mais confuso. “Esse tipo de tratamento cria um conflito entre o que ele deseja ser e o que ele consegue ser”, afirma a psiquiatra. Para Carmita, nos dias atuais, um profissional de saúde não pode fazer uma escolha de como tratar um homossexual, uma vez que existe um consenso, uma diretriz da OMS que diz que não existe uma doença e, portanto, não há uma cura para ela. “Um psiquiatra não pode optar por reverter ou não a homossexualidade de um paciente. Ele precisa trabalhar para que seu paciente se sinta confortável com a sua orientação sexual”, diz. Para Carmita, o resultado da pesquisa mostra que alguns profissionais ainda pensam e atuam dentro do parâmetro antigo, quando a homossexualidade era considerada uma doença e a reversão era perfeitamente aceita. Bastante praticada entre as décadas de 50 e 60, a tentativa de "curar" a homossexualidade era tida como viável porque se acreditava que o comportamento psicológico era decisivo para a orientação sexual.

Mas a ideia da cura da homossexualidade muitas vezes parte do próprio paciente. O psicólogo Cláudio Picazio, autor dos livros Diferentes desejos e Sexo secreto (Editoras Summus), conta que é comum receber em seu consultório pacientes que pedem uma mudança em seus desejos. “Nesses casos, meu papel é fazer com que ele assuma o seu desejo, mesmo que não queira colocá-lo em prática. Reprimi-lo só piora as coisas”, afirma. Picazio explica que a repressão desse desejo pode colocar o indivíduo em situações de risco. “É como acontece com essas dietas radicais. Um dia, a pessoa não aguenta e come uma torta inteira”, diz. “Nessas horas, a pessoa acaba fazendo sexo sem preservativo, frequenta lugares isolados, procura parceiros em saunas, sai com garotos de programa”.

Picazio afirma que, muitas vezes, esse conflito, ou seja, o incômodo com a atração por alguém do mesmo sexo, pode acontecer porque existe uma diferença em ter desejos homossexuais e ter, eventualmente, uma atitude homossexual. “Um exemplo disso são os adolescentes que, em fase de experimentação, acabam tendo relações com pessoas do mesmo sexo”, diz. Segundo Picazio, um psicólogo também pode ajudar o paciente a entender o que sente e orientar de que maneira ele pode viver ou não esse desejo. “Reprimir isso a vida toda é muito difícil, mas se isso for uma escolha da pessoa, tenho que ajudá-la”.

Outra situação muito comum nos consultórios são pais que levam seus filhos, principalmente adolescentes, assim que percebem alguma inclinação homossexual. “Muitos pais me dizem que vão colocar os filhos no jiu-jitsu para que virem heterossexuais”, diz. Segundo Picazio, é preciso, nesse caso, atender os pais para mostrar que não se muda um desejo sexual. “É preciso trabalhar neles a frustração de ter um filho gay ou uma filha lésbica”, afirma
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Depoimento do Fundador da EXODUS Michael Bussee


Meu nome é Michael Bussee. Eu quero agradecer a você por esta oportunidade de contar minha história. Trinta anos atrás, eu ajudei a criar a EXODUS International. Hoje, eu estou aqui para me desculpar; Hoje eu sou um terapeuta conjugal e familiar, um pai, um cristão evangélico, nascido de novo — e orgulhoso de ser gay. Mas trinta anos atrás, eu não era tão orgulhoso.

De fato, eu cresci odiando meus sentimentos gays. Eu passei por xingamentos, bullying e surras. Por que motivo as outras crianças pareciam odiar-me tanto? Eu não escolhi ter esses sentimentos e queria me livrar deles. Eu queria mais do que tudo ser “normal,” adequar-me — apaixonar-me, assentar-me, ter filhos. Eu queria desesperadamente ser heterossexual. Mas como?

Com aproximadamente 12 anos, eu comecei uma busca pessoal por uma “cura” para homossexualidade. Eu tomei a decisão de embarcar no meu próprio êxodo privado — para encontrar a saída para a homossexualidade. Minha busca levou-me a Deus. Como estudante do ensino médio, eu aceitei Jesus como meu Senhor e Salvador pessoal. Essa decisão mudou a minha vida pra sempre e eu continuo sendo um evangélico comprometido até hoje.

Então, em 1974, eu encontrei o Centro Cristão Melodyland (Melodyland Christian Center) em Anaheim e comecei a trabalhar como um de seus conselheiros voluntários via telefone. De começo, eu não disse a nada sobre meus sentimentos gays a ninguém. Afinal, eu tinha que me “purificar.” Eu disse ao diretor do aconselhamento telefônico que eu era um “cristão homossexual.” Ele me disse que “não havia tal coisa.” Ele disse que se eu era um cristão de fato, então “já não era mais gay aos olhos de Deus,”

Eu precisava acreditar que era heterossexual agora – e “determinar isso.” Deus faria o milagre com o tempo. “Continue orando” - diziam eles. Se eu tivesse fé suficiente, eu finalmente “ficaria livre.” Eu queria isso mais do que tudo e sinceramente acreditei que isso se tornaria verdade.

Naquele tempo, não havia ministério para gays em nossa mega igreja, então meu amigo Jim Kaspar e eu decidimos inventar um. Em 1975, nós criamos a EXIT - em inglês a palavra significa saída, mas aqui era uma sigla para “EX-gay Intervention Team,” ou seja, Equipe de Intervenção Ex-Gay (uma espécie de Caça-Fantasmas – só que gay!) Começamos oferecendo sessões de aconselhamento individual, grupos de apoio semanal, estudos bíblicos, e reuniões de oração. Apesar de não termos nenhum treinamento formal, e só termos nos intitulado “ex-gays” havia poucos meses, tornamo-nos, de repente, “especialistas.”

Pastores e terapeutas começaram a enviar clientes para nós. Escrevíamos materiais sobre “Como Ajudar o Homossexual” e dávamos “testemunhos de nossa mudança” em conferências da igreja e em talk shows no rádio e na TV – incluindo o Club 700 do Pat Robertson. Robertson insistia em perguntar se nós achávamos que havíamos tido “demônios gays” algum dia. Ele pareceu desapontado quando respondemos que “não.”

Em 1976, descobrimos que outros como nós estavam formando pequenos ministérios de “mudança” ou “libertação” em suas áreas. Em setembro de 1976, no Melodyland Christian Center em Anaheim, o EXIT recebeu a primeira confêrencia de “ex-gays” de todos os tempos. Um punhado de líderes de ministérios junto com aproximadamente 60 delegados votaram para formar uma coalisão de ministérios. Chamamos essa coalisão deEXODUS. Pensamos que, chamados como Moisés e dirigidos por Deus, nós poderíamos conduzir muitos gays e lésbicas para a “terra prometida” da heterossexualidade.

Preciso dizer que alguns tiveram uma experiência positiva de mudança de vida frequentando nossos estudos bíblicos e grupos de apoio. Eles experimentaram o amor de Deus e o acolhimento de outros que conheciam suas lutas. Houve algumas “mudanças” reais – mas nenhuma das centenas de pessoas que nós aconselhamos se tornou heterossexual.

Ao contrário, muitos dos nossos clientes começaram a se desestruturar – afundando em culpa, ansiedade e ódio contra si mesmo. Por que eles não estavam “mudando”? As respostas dos líderes da igreja tornavam a dor ainda maior: “Você pode não ser um cristão verdadeiro.” “Você não tem fé suficiente.” “Você não está orando e lendo a Bíblia o suficiente.” “Talvez você tenha um demônio.” A mensagem sempre parecia ser: “Você não é sincero o suficiente. Você não está se esforçando o suficiente. Você não tem fé suficiente.”

Alguns simplesmente caíram fora e nunca mais se ouviu falar deles. Eu acho que esses tiveram sorte. Outros se tornaram auto-destrutivos. Um jovem se embriagou e dirigiu contra uma árvore). Um dos líderes que trabalhavam comigo me disse que havia deixado a EXODUS e estava frequentado bares heterossexuais, procurando alguém que batesse nele. Ele disse que as surras o faziam sentir-se menos culpado, fazendo expiação pelo seu pecado. Um dos meus clientes mais dedicados, Mark, pegou uma lâmina e cortou suas genitais repetidamente, e depois colocou produto limpa-ralos sobre as feridas, porque depois de meses de celibato, ele havia tido uma “queda.”

No meio de tudo isso, minha própria fé no movimento EXODUS estava desmoronando.Ninguém estava realmente se tornando “ex-gay.” A quem estávamos enganando? Como um líder atual da EXODUS admitiu, éramos apenas “cristãos com tendências homossexuais que preferiam não ter aquelas tendências.” Ao nos denominarmos como “ex-gays,” nós estávamos mentindo pra nós mesmos e para os outros. Estávamos machucando pessoas.

Em 1979, um outro pioneiro da EXODUS(Gary Cooper) e eu decidimos deixar aEXODUS — e nossas esposas. Por anos, nós dois havíamos firmemente acreditado que o processo EXODUS nos tornaria heterossexuais. Ao invés disso, percebemos que havíamos nos apaixonado um pelo outro! Saímos do armário publicamente contra a EXODUS em 1991. Nossa história apareceu no documentário “One Nation Under God” (Uma Nação Sob Deus). Gary morreu de pouco antes do filme ser concluído.

Desde então, eu continuei a ser um dos mais persistentes críticos da EXODUS – não porque eu queira “negar esperança.” Pelo contrário, eu quero afirmar que Deus ama cada pessoa, e que o amor e o perdão de Deus realmente mudam vidas. Certamente mudaram a minha. Apenas nunca me fizeram heterossexual. Eu encontrei harmonia entre minha sexualidade e minha espiritualidade — e eu tenho esperança de que outros farão o mesmo. A jornada de cada um é diferente. Meu próprio êxodo tem sido uma jornada incrível.
 Já fui demitido de dois empregos apenas por ser gay. E cinco anos atrás, eu sobrevivi a um violento e absurdo crime de ódio que quase levou minha vida. Eu fui espancado e esfaqueado nas costas por membros de uma gangue que gritavam “viado”, enquanto me atacavam. Meu melhor amigo, Jeffery Owens, não teve tanta sorte. Ele foi esfaqueado cinco vezes nas costas e sangrou até a morte na mesa de cirurgia.

Apesar de tudo isso, eu me considero um sobrevivente. Eu sou um homem gay cristão evangélico feliz; relativamente bem ajustado; tenho um relacionamento amoroso comprometido com um cara maravilhoso, meu parceiro Richard; e sirvo como ancião na minha igreja presbiteriana local. Eu amo a Deus e amo a vida.

E tenho esperança. Acredito que estamos abrindo caminho; grupos como a EXODUSvão encerrar suas atividades quando as pessoas não mais pensarem que precisam renegar quem realmente são para tentarem ser o que não são.

Até lá, àquelas pessoas maravilhosas (gays, ex-gays e ex-ex-gays) que têm abençoado minha vida e enriquecido minha jornada, sou sinceramente grato. E àqueles que eu possa ter ferido através do meu envolvimento com aEXODUS, peço sinceras desculpas.


Tradução: Sergio Viula para o blog Fora do Armário


SE VC ENTENDE UM POUCO DE INGLÊS, OUÇA AS DECLARAÇÕES DE MICHAEL:

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