terça-feira, 10 de maio de 2011

Ser gay é uma dádiva de Deus (por Igreja Metodista Unidos Central)


Nos EUA vemos que o movimento anti gay propagado principalmente por grupos como o Exodus Internacional é muito grande, mas em contra partida o movimento inclusivo também é maior e mais antigo que aqui no Brasil. Enquanto no Brasil os gays precisaram criar sua própria igrejas, nos EUA já é possivel participar de igrejas tradicionais que aceitam gays, são igrejas Metodistas, Presbiterianas, Batistas, entre outras.
Enquanto muitos cristãos daqui dizem que esse é o príncipio do fim, nos EUA o movimento inclusivo não vem crescendo de 5 anos pra cá, mas já existe pelo menos desde a década de 1960.
Hoje quero compartilhar com vocês a campanha "Ser gay é uma dádiva de Deus" da Igreja Metodista Central Unida de Toledo, Ohio.
Essa igreja foi fundada em 1896, possui portanto 115 anos, mais antiga que as Assembléia de Deus no Brasil e provavelmente passou por um processo de aceitação aos gays até pregar um evangelho mais inclusivo que perga hoje.
O Brasil históricamente "copia" o "gospel life way" americano e acredito que muito em breve veremos igrejas tradicionais daqui revendo seus conceitos também.

Vejam a definição da campanha pelo site original da CUMC :


A Igreja Metodista Unidos Central (CUMC) é uma comunidade de jovens e velhos, gays e heterossexuais, casados e solteiros, de todos os tipos de crenças (de igrejas tradicionais para igreja nenhuma), que se reúnem para viver a nossa missão de fazer justiça, praticar a bondade, e caminhar humildemente com Deus (Miquéias 6:8). Central é um membro fundador dos "Reconciling Ministries Network", que é o movimento para igualdade gay dentro da denominação Metodista Unidos. CUMC tem uma história  fecunda de mais de um quarto de século de conectar pessoas que são gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros (LGBT) e seus simpatizantes na direção do corpo de Cristo.

Qual é o propósito desta campanha?

O objetivo desta campanha é 1) Oferecer boas-vindas a todas as pessoas que são gays, 2) O maior desafio é concientizar a Igreja para aceitar plenamente todas as pessoas que são gays na vida da Igreja, e 3) Para chamar a todas as pessoas para receber todos os dons que eles tem de Deus.
A Central tem visto Deus falar ao longo do tempo para a Igreja em sua vida. Em resposta à crescente revelação de Deus, temos sido líderes em trabalhar pela justiça e reconciliação em superar o racismo e o sexismo. Nós vemos a superação do heterossexismo como uma extensão natural deste trabalho.

Ao acolher e viver em comunidade com os cristãos fiéis que por acaso são gays, temos vindo a entender que ser gay é parte do que Deus fez para ser, e por cristãos gays trazendo tudo o que eles são a Deus, o corpo de Cristo foi reforçado. Na verdade, experimentamos o corpo de Cristo incompleto sem pessoas LGBT.

Reconhecemos que a Igreja está dividida quanto à interpretação das Escrituras relacionados ao homossexualismo. No entanto, sabemos que Jesus não falou diretamente sobre a homossexualidade e que a Igreja, a Bíblia e a vida de Jesus são muito mais próximos a estender o amor para com os feridos, justiça para os marginalizados e excluídos, e humildade diante de Deus e uns aos outros quando se trabalha a nossa vida juntos. A esta luz, vemos a marginalização das pessoas LGBT como injustificadas.

Nós buscamos refletir a diversidade da criação de Deus. Vemos isso demonstrado em primeiro lugar na própria Trindade, em seguida, a graça de Deus evidente na variedade abundantes da natureza ao nosso redor, e depois na maneira criativa e misteriosa que as variedades de presentes estão distribuídos entre nós como seres humanos.

Dadas as evidências científicas irrefutáveis ​​de que as pessoas nascem com sua orientação sexual, que não é uma escolha, vemos que as pessoas assumindo-se moralmente responsáveis por assuntos nos quais elas não têm nenhum controle, é irracional e imoral. Discriminar ou condenar pessoas que têm uma dada característica pessoal de Deus, quer se trate de raça, gênero ou orientação sexual, enfraquece as chamadas para a responsabilidade pessoal e social, às muitas questões que requerem escolha humana. O pecado está em negar quem Deus nos criou para ser - o pecado está na negação que os fazem se sintirem envergonhados e não merecedores do amor de Deus, ou de qualquer outra pessoa. Nós somos contra este pecado.
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