quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Filme O Deus Que Não Estava Lá (The God Who Wasn't There)



O Deus que não estava lá (The God Who Wasn't There, 2005) é um documentário de Brian Flemming incluindo, entre outros, Richard Dawnkins, que objetiva questionar os dogmas do Cristianismo. Flemming foi levado a estudar em um colégio religioso por seus pais, até então, tempos depois começar a perceber que estava sendo levado a acreditar em fé e não em evidências. Talvez por isso ele sentiu-se motivado a criar o documentário, como forma de tentar abrir os olhos de pais e crianças que são condicionados a se guiarem pela fé, sem questionar as evidências. Flemming investiga a evidência para a existência de Jesus, concluindo que é altamente provável que o salvador cristão nunca viveu realmente.



Essa é uma realidade ainda muito comum nos EUA que assim como o Brasil conta com um eleitorado religioso significativo, o que se constitui como um perigo ao bem-estar de uma nação. A escola que Flemming estudou ainda existe e ele mesmo vai até o diretor da instituição para questioná-lo, uma das melhores partes do documentário. O documentário segue através de entrevistas com historiadores, cientistas e religiosos. A idéia norte do documentário é levar o espectador acostumado a acreditar na fé a questionar-se: e se eu estiver errado? --; ao longo, muitos cristãos são entrevistados e deixam evidente que simplesmente acreditam porque são levados a acreditar que essa é a verdade, pois a maioria deles não sabem dizer sobre quando Jesus Cristo possivelmente nasceu, onde, os costumes da época, etc. Além de dizer que Jesus é o "Salvador".
Flemming, atuando como provocador e promotor, lançou três campanhas de mídia inusitada para apoiar seu documentário, que ganhou grande atenção da televisão, rádio, jornais e revistas: em dezembro de 2005, a empresa Flemming Beyond Belief Mídia, descaradamente declarou "Guerra ao Natal" e enviou tropas de voluntários para as ruas das cidades dos EUA para dar cópias de "O Deus Que Não Estava Lá". Em abril de 2006, Brian Flemming juntamente com o chamado Pelotão Resposta Nacional (um programa de rádio ateísta na internet), começou a "Guerra na Páscoa" para "provocar uma conversa sobre os perigos da crença religiosa". Os participantes foram convidados a colocar DVDs do documentário dentro ou perto de igrejas cristãs e enviar fotos dessas ações em troca de DVDs.

DOCUMENTÁRIO (legendado PT/BR):


domingo, 23 de outubro de 2011

Filme Children of God (Filhos de Deus).


Esta história de amor arriscada em um paraíso hostil é como um beijo suave na boca seguido de um golpe duro nas costelas. Filhos de Deus (Children of God, trailer e link para download abaixo) é um filme poético com uma dose de realismo trágico. Na exuberante e tropical Bahamas encontramos quatro personagens que são pessoalmente afetados de alguma forma pela intolerância generalizada do país e do ódio da homossexualidade. Johnny, estudante e gay, um jovem sensível e profundamente perturbado, está tendo dificuldade em aceitar a si mesmo em um ambiente onde a homofobia é altamente visível e às vezes física. Lena, a esposa de um pastor de pregação anti-gay suspeita que o marido pode ter um caso e ser adepto do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço" depois que ele passa para ela uma infecção sexualmente transmissível.Johnny tem como única e verdadeira conexão a sua pintura, mas mesmo assim o seu tutor de arte diz a ele para se dedicar ao seu trabalho mais emocionalmente, se ele quer ficar na universidade. Ele lhe oferece uma estadia em sua remota casa de veraneio, a fim de ganhar inspiração e assim, depois de apanhar das mãos de um membro de uma gangue local, ele sai do centro da cidade Nassau e vai para a bela ilha de Eleuthera, uma viagem que Lena também está fazendo a fim de reafirmar a sua determinação em divulgar uma propaganda anti-gay em detrimento da trapaça de seu marido.
Uma vez na ilha, tímido Johnny corre para um antigo colega, Romeo descontraído, vocalista de uma banda e também lutando para conciliar sua sexualidade com as expectativas da família que quer que ele se case. Há uma atração imediata entre os dois homens, mas Johnny tem problemas de confiança e Romeo logo percebe que ele vai ter que resolver isso lentamente. Apesar do comportamento estranho de Johnny, fica claro a Romeu que este "garoto magrelo e branco das Bahamas" vale a pena.Um personagem menos ambíguo no filme é o reverendo Ritchie, que fica com Lena e permite ver algumas de suas vulnerabilidades. Da voz suave e compassiva, ele se sente desconfortável com a posição cada vez mais homofóbica de sua igreja e isso está causando-lhe questionamentos a sua fé. Ele representa uma espécie de meio termo progressista no filme.
A retórica pregada por Lena e seu marido hipócrita latindo para as multidões parece muito real e mescla imagens  reais de noticiários com um confronto, entre a igreja de Lena e a paixão de Johnny, inflamado por ambos os lados. Apesar da ligação entre a homofobia e a sexualidade enrustida não ser uma idéia nova, este é inegavelmente um filme LGBT  importante, o primeiro a ser feito no Caribe, na verdade, uma história de amor profundamente comovente.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dica Musical: Make It Stop, Rise Against


Fãs da banda americana Rise Against participaram do clipe da música “Make It Stop (September’s Children)”. Parte do mais recente álbum da banda, o Endgame, a canção fala sobre preconceito e homofobia (letra original e tradução abaixo). No vídeo, os fãs falaram abertamente de suas orientações sexuais e das dificuldades e do tabu em torno do assunto.
O video fala sobre homofobia, bullying e suicido entre adolescentes nas escolas americanas e foi incorporado a campanha It Gets Better.

O Rise Against no lançamento do video clipe oficial da música, mandou seu recado através do vocalista Tim McIralth: “Um número de eventos foram os catalisadores para a criação de Make It Stop, tudo sobre os suicídios de Setembro de 2010, até nossos fãs falando sobre seus medos e inseguranças de tempo em tempo. Eu decidi criar a música como uma resposta, e quando eu descobri a campanha do It Gets Better e o comprometimento de seu co-fundador Dan Savage para essa importante e precisa mensagem, eu me comovi. E eu imediatamente senti que, se nossa música é a estrada, então o It Gets Betters Project é o destino. Eu espero que a sinergia entre os dois possa alcançar as pessoas e fazer a diferença.”




Make It Stop (September's Children)

Bang bang go the coffin nails
Like a breath exhaled
Then gone forever
It seems just like yesterday
How did i miss the red flags raise?

Think back to days we laughed
We braved these bitter storms together
Been rought to his knees he cried
But on his feet he died

What God would damn a heart?
And what God drove us apart?
What God could...

Make it stop
Let this end
Eighteen years pushed to the ledge
It's come to this
A weightless step
On the way down singing
Woah...
Oh...

Bang bang from the closet walls
The schoolhouse halls
The shotguns loaded
Push me and I'll push back
I'm done asking I demand
From a nation under God
I feel it's love like a cattle prod

(Born free) I'm born free but still they hate
(Born me) I'm born me no I can't change
It's always darkest
Just before the dawn
So stay awake with me
Let's prove them wrong

Make it stop
Let this end
Eighteen years pushed to the ledge
It's come to this
A weightless step
On the way down singing
Woah...
Oh...

The cold river washed him away
But how could we forget
The gatherings hold candles
But not their tongues
And too much blood has flown
From the wrists
Of the children shamed
For those they chose to kiss
Who will rise to stop the blood?

We're calling for
Insisting on
A different beat
Yeah, a brand new song

Tyler Clementi (Age 18)
A brand new song
Billy Lucas (Age 15)
Harrison Chase Brown (Age 15)
Cody J. Barker (Age 17)
Seth Walsh (Age 13)

Make it stop
Make this end
This life chose me
I'm not lost in sin
I'm proud I stand
Of who I am
I plan to go on living

Make it stop
Let this end
All these years pushed to the ledge
But proud I stand
Of who I am
I plan to go on living

Faça Isso Parar (Crianças de Setembro)

"Bang bang" fazem os pregos do caixão
Como um último suspiro,
Então se foi para sempre.
Parece que foi ontem,
Como eu perdi o levantamento das bandeiras vermelhas?

Pense de volta nos dias em que nós rimos
Nós enfrentamos estas tempestades amargas juntos
De joelhos ele chorou
Mas de pé ele morreu

Qual Deus condenaria um coração?
E qual Deus nos separou?
Qual Deus poderia...

Fazer isso parar
Deixar isso terminar
Dezoito anos jogados no abismo
E acabou nisso
Um passo sem peso
Descendo o caminho cantando
Woah...
Oh...

"Bang bang" das paredes do armário
Dos corredores da escola
Das espingardas carregadas
Empurre-me e eu empurrarei de volta
Eu cansei de perguntar, eu exijo
De uma nação sob Deus
Eu sinto o amor como um eletrochoque de gado

(Nascido livre) Eu nasci livre, mas ainda assim eles odeiam
(Nascido eu) Nascido eu, não, eu não posso mudar
É sempre mais escuro
Justamente antes do amanhecer
Então fique acordado comigo
Vamos provar que eles estão errados

Faça isso parar
Deixe isso terminar
Dezoito anos jogados no abismo
E acabou nisso
Um passo sem peso
Descendo o caminho cantando
Woah...
Oh...

O rio frio lavou-o para longe
Mas como nós poderíamos nos esquecer
Os reunidos seguram velas
Mas não suas línguas
E muito sangue voou
Dos pulsos
Das crianças envergonhadas
Por aquelas que elas escolheram beijar
Quem vai se levantar para parar o sangramento?

Nós estamos pedindo
Insistindo em
Uma batida diferente
É, uma canção novinha em folha

Tyler Clementi (18 anos)
Uma canção novinha em folha
Billy Lucas (15 anos)
Harrison Chase Brown (15 anos)
Cody J. Barker (17 anos)
Seth Walsh (13 anos)

Faça isso parar
Deixe isso terminar
Essa vida me escolheu
Eu não estou perdido em pecados
Mas orgulhoso eu estou
De ser o que eu sou
Eu planejo continuar vivendo

Faça isso parar
Deixe isso terminar
Dezoito anos jogados no abismo
Mas orgulhoso eu estou
De ser o que eu sou
Eu planejo continuar vivendo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Estudo tenta provar eficácia das Terapias de Reversão mas não convence cientistas.





Um estudo desenvolvido por pesquisadores de duas universidades religiosas diz que algumas pessoas podem mudar sua orientação sexual depois de passarem anos por um programa ministerial.
“Evidências do estudo sugerem que a mudança da orientação homossexual parece possível para alguns e que o desgaste psicológico não aumentou, em média, como resultado do envolvimento no processo de mudança”  escreveram os autores de um estudo publicado no The Journal of Sex and Marital Therapy (Jornal de Terapia Sexual e Conjugal).
(Como se fosse mérito o fracasso na terapia dos outros "uns" que não conseguem e o desgaste psicológico dos demais que passaram pelo tratamento e ficaram fora da "média".)

Os autores são psicólogos que trabalham em universidades religiosas. Stanton Jones é um professor de psicologia e reitor da Wheaton College em Wheaton, Illinois, e Mark Yarhouse é professor de saúde mental na Regent University, em Virginia Beach, que foi fundada pelo tele-evangelista Pat Robertson. (Já falamos sobre o filho e o neto gay de Pat aqui no blog).

As conclusões de seu estudo têm sido desafiadas por outros pesquisadores que dizem que a massa de evidência existente indica que a orientação sexual não muda. Blogs de "gay advocacy" (defesa dos homossexuais) também têm discutido as conclusões.
O estudo de Jones e Yarhouse acompanhou 65 participantes ao longo de seis a sete anos enquanto eles frequentavam os Ministérios Exodus, um programa religioso para "indivíduos e famílias impactados pela homossexualidade." Os indivíduos que frequentam o programa buscam alcançar "a libertação da homossexualidade através do poder de Jesus Cristo", de acordo com a Exodus.“É um estudo para pessoas que são altamente religiosas e que estão desgastadas pela experiência de atração," disse Yarhouse.  “Elas querem saber, é pelo menos possível?  O que eu poderia experimentar se eu entrasse num ministério baseado em religião?”
Inicialmente, o estudo cadastrou 98 indivíduos, mas 35 deixaram o programa. Alguns que desistiram do estudo disseram que haviam sido "curados de todas as inclinações homossexuais," e uma pessoa havia abraçado de novo sua identidade gay, de acordo com o estudo. Os cursos foram oferecidos em 16 locais ao redor dos Estados Unidos e acontecia em grupos pequenos, passando tempo em oração e leitura da Bíblia.
Os autores do estudo acompanharam "o processo de mudança" dos participantes conduzindo entrevistas anuais, fazendo as mesmas perguntas sobre atração sexual,  paixões emocionais e românticas e fantasias sexuais. Eles usaram escalas desenvolvidas pelo sexólogo Alfred Kinsey e outra medida chamada  escala Shively-DeCecco. A hipótese de Jones e Yarhouse's era de que a orientação sexual é mutável.
Depois de acompanharem os participantes por seis a sete anos de programa religioso, eles concluíram que 23% das pessoas que permaneceram no estudo tiveram êxito em mudar sua orientação sexual para a heterossexualidade. E  30% voltaram-se para a castidade, sobre o que Yarhouse disse que foi "uma redução da atração sexual.” Também, 23% não responderam ao tratamento do ministério,  20% assumiram sua orientação homossexual e o percentual restante relatou confusão. “As conclusões desse estudo parecem contradizer a visão comumente expressa de que a orientação sexual não é mutável," escreveu o autor.
A Associação Americana de Psicologia (APA) declarou em 2005 que a homossexualidade não é mutável. A associação havia também declarado que não havia evidência de que terapia reparadora ou conversão com o objetivo de mudar a orientação sexual fosse segura ou efetiva.
“A APA estava fazendo declarações muito fortes de que a orientação sexual realmente não muda e que tentativas nessa direção seriam prejudiciais, disse Yarhouse. “Eles estavam apresentando alegações absolutistas sobre essa imutabilidade de orientação e grande risco de malefício. Estas eram questões ideais para pesquisa.  As pessoas podem mudar? Ou é verdadeiramente uma característica imutável?”

Eli Coleman, professor e diretor de Sexualidade Humana na faculdade de medicina da  Universidade de Minnesota mostrou-se cético sobre as conclusões. “Temos passado por isso de novo e de novo" - disse ele. "Você pode conseguir mudanças comportamentais, mas isso não é mudança de orientação. Você pode conseguir mudanças comportamentais de curta duração. Isso não se sustenta.”
Yarhouse enfatizou que sua pesquisa acompanhou os participantes por vários anos. Ele informou que existem muitos na comunidade LGBT que consideram programas de conversão religiosa "profundamente ofensivos." Mas ele disse que existem pessoas gays que desejam mudar e não abraçam a identidade gay ou a comunidade gay. “Eu gostaria de ver organizações de saúde mental mostrarem mais respeito pela diversidade sobre como uma pessoa escolhe viver sua vida e vivê-la,” disse Yarhouse.
O estudo poderia estar confundindo identidade sexual e orientação sexual, o que são coisas totalmente diferentes, disse o Dr. Jack Drescher, um professor associado de psiquiatria na New York Medical College (Faculdade de Medicina de Nova York).
Orientação sexual se refere a por que uma pessoa se sente atraída, e na maioria dos casos, não muda, disse ele.  mas identidade sexual é como uma pessoa se sente sobre sua orientação e sentimentos sexuais, disse Drescher.
Por exemplo, um homem poderia sentir-se fortemente atraído por homens, mas não se identificar como gay. Ele poderia mudar o modo como se identifica, fosse como gay ou hétero ao longo de sua vida. mas orientação sexual geralmente não muda."Eu não penso que tenhamos nada realmente novo aqui" - disse Coleman.  "Temos sabido por algum tempo que algumas pessoas são capazes de mudar seu comportamento e sua percepção de sua identidade sexual através dessas tentativas de conversão."
Drescher disse que a maioria das evidências científicas existentes não sustentam as recentes conclusões do estudo.“Eu penso que os autores são tendenciosos" - disse Drescher.  “Todos têm alguma parcialidade. Por isso é que temos acúmulo de informações e estas não dão suporte às informações deles.” “Existem estudos revisados por colegas na literatura e a soma total dessa literatura não indica que esses tratamentos sejam eficazes”, disse ele.  “Se um estudo que surge parece contradizer a massa de pesquisa científica provando que as pessoas podem mudar - isso é interessante, eles podem replicá-lo?”
Drescher também disse que o estudo não explora se a bissexualidade desempenhou um papel nas reportadas mudanças de orientação sexual.

Ele discordou que as conclusões de que terapias religiosas não prejudicam as pessoas, dizendo que ele mesmo teve vários pacientes que culpavam a si mesmos depois de falharem em programas, caindo em depressão, ansiedade e pensamentos suicidas.

“Eles ouvem que é problema deles se eles não mudarem,” disse Drescher. “Quando falha, como falha na maioria dos casos, eles se sentem como fracassados, depois de terem gasto tempo, esforço e dinheiro. “Algumas dessas pessoas, seguindo o conselho de terapeutas, casam-se, então têm filhos. Pessoas gays têm se casado. Quando eles se casam, não mudam. O que fazem, continuam casados?  Essa é uma questão complicada.”


Traduzido por Sergio Viula para o blog  Fora do Armário

Scott Anderson, primeiro pastor presbiteriano assumidamente gay é ordenado nos EUA



Foto: Wisconsin State Journal
/Craig Schreiner / AP
O Rev. Scott Anderson dá a benção sacerdotal ao final da cerimônia de sua ordenação em Madison, Wisconsin no sábado, 8 de outubro de 2011. Anderson é o prmeiro pastor abertamente gay a ser ordenado ao Ministério da Igreja Presbiteriana (USA), a maior denominação presbiteriana do mundo. Ele deixou seu ministério presbiteriano na Califórnia há mais de 20 anos dizendo a sua congregação que era gay, mas foi recebido de volta na liderança da igreja como seu primeiro ministro gay ordenado.


Com a voz embargada de emoção, aos 56 anos, Anderson disse a centenas de amigos e apoiadores do Covenant Presbyterian Church em Madison, Wisconsin, que nunca imaginou que sua ordenação fosse ser efetivada de fato.
"Aos milhares de Presbiterianos que oraram e trabalharam por quase 40 anos por esse dia, meus agradecimentos", disse Anderson. "E agradeço àqueles que discordam do que estamos fazendo hoje, mas reconhecem que somos um em Jesus Cristo."

Quando ele foi apresentado à multidão, as pessoas no auditório lhe deram uma retumbante ovação e começaram a comentar alegremente.

"Isso é muit atípico para os Presbiterianos" - disse Doug Poland, um ancião da Covenant Presbyterian Church ao Wisconsin State Journal. "Geralmente, nossas mãos ficam sobre as pernas."

Anderson foi enfiado no armário quando servia como ministro em Sacramento, Califórnia, de 1983 a 1990. Quando um casal ameaçou revelar sua orientação sexual, ele assumiu diante de sua congregação e desligou-se do ministério, porque a Igreja Presbiteriana  (EUA) impedia que homossexuais servissem como ministros.
Mas as coisas mudaram ano passado quando a assembléia nacional da igreja votou a favor da remoção da proibição, abrindo caminho para a ordenação de Anderson.

Anderson escolheu o Rev. Mark Achtemeier de Dubuque, Iowa, para pregar o sermão de Sábado. Achtemeier costumava ser um dos mais barulhentos oponentes à ordenação de homossexuais, mas anunciou uma mudança completa depois que sua amizade com cristãos gays o levou a reavaliar ensinos escriturísticos sober a homossexualidade.

Ele disse à congregação presente no sábado que espera que o ministério de Anderson traga "boas novas que sarem" para todos aqueles que se sentiram lançados no "ostracismo e alienados" da igreja - reportou o  State Journal.

Do Blog Fora do Armário.
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Samuel Brinton denúncia os abusos sofrido em "seu tratamento de reversão".




Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.

Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos. 

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série de entrevistas sobre a realidade  de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto  dezenas de milhares de vezes na internet.


Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve. 

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.


Após meses de tortura, o jovem considerou o suicídio, subindo no telhado de casa. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.


“Na última vez, ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”.

domingo, 16 de outubro de 2011

A Bíblia como ela é! (Segunda Parte, O Novo Testamento).




Moisés? Apóstolo Paulo? João Batista? Davi? Quem realmente escreveu livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de DeusO que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra? Traduções, edições, a bíblia modificada através dos tempos e as Culturas que a influenciaram. 


Leia a primeira parte da série aqui.
... Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados (e por isso possivelmente tendo seus originais modificado a cada recópia) à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.

É sobre a Bíblia de Marcião, a terceira parte da nossa série. Aguardem!
Fonte: Revista Superinteressante.

Depoimento do líder da LOVE IN ACTION


A Impressionante Confissão do Ativista 'Ex-Gay' John Smid, líder da Love In Action.

Postado no T.W.O 
Tradução Sergio Viula

Por décadas, John Smid havia sido o líder de Love in Action, o infame ministério "ex-gay" que confiscava as cuecas de clientes se as roupas íntimas parecessem gays demais. O radical ministério baseado na cidade de Memphis também usava um cronômetro no banheiro para garantir que os clientes não se masturbassem durante o banho.
  
De todos os ministérios "ex-gay", esse era o mais parecido com uma seita - com Smid mantendo controle absoluto sobre a vida social de seus clientes, que pagavam uma nota para viver no programa residencial.

A gama de controle da mente empregada por Smid para tornar pessoas gays em heterossexuais era impressionante. Em uma entrevista de 1997 com o Memphis Flyer, Smid falou sobre sua própria técnica de negar a realidade: "Estou vendo aquela parede e de repente ela está azul," disse Smid, apontando para uma parede amarela. "Alguém chega e diz: "Não, ela é ouro." Mas eu quero acreditar que aquela parede é azul. Então Deus vem e diz: "Você está certo, John, [aquela parede amarela] é azul." É dessa ajuda que eu preciso. Deus pode me ajudar a fazer aquela parede [amarela] se tornar azul."


Esse alto nível de lavagem cerebral não era raro para os clientes estrela do Love in Action. Por exemplo, Anne Paulk, coautora de Love Won Out (O Amor Venceu), escreveu sobre os jogos mentais que ela jogava para supostamente superar os pensamentos lésbicos: "...Eu começava a experimentar respostas sexuais...Então eu olhava através da janela do carro e dizia algo como: "Puxa, senhor, há uma árvore ali fora! Aquela é verde e tem folhas. Ela tem um casco marrom." Eu fixava minha mente em qualquer coisa que pudesse me distrair...com o tempo, aquele processo me tornou mentalmente disciplinada ao ponto de remover todos os pensamentos lésbicos, ponto." Eu (Wayne Besen) fotografei o marido dela que foi garoto propaganda num poster "ex-gay" dentro de um bar gay.

É óbvio que tais técnicas podem instilar disciplina para mudar o comportamento sexual temporariamente - mas não a orientação sexual de alguém. Numa impressionante confissão (em inglês) essa semana, Smid disse que alterar a atração sexual de alguém é altamente improvável - de fato, tão improvável que ele alega nunca ter encontrado um único homem ou mulher que tenha se livrado de sua homoafetividade.

Caramba! Se o mito "ex-gay" não funciona nem para Smid, então não funciona para ninguém mais. Afinal, ele tinha uma dedicação incrível, aderiu a uma forma duríssima de fundamentalismo, e reforçou um regime com características de seita sob seu comando. Todavia, depois de anos, ele é confrontado com a desencorajadora realidade de que programas "ex-gay" são programas de marketing da direita religiosa, e não um movimento legítimo.

Desnecessário dizer que deixar o passado completamente para trás não é fácil. Smid ainda está casado com sua esposa e numa jornada para descobrir sua verdade interior. Ele tem um pé na comunidade baseada na realidade e outro num mundo de fantasia. Mas o primeiro passo para deixar sua charada "ex-gay" para trás é admitir que esses programas não funcionam.

Nunca é fácil reconhecer que se está errado, especialmente depois de décadas após décadas de investimento mental, espiritual e financeiro numa grande mentira. Desejo a Smid a melhor sorte em sua contínua evolução e estou feliz que esteja começando a discutir honestamente as limitações dos programas "ex-gay".

O tempo de Smid é maravilhoso, uma vez que candidatos desesperados do Partido Republicano (GOP) estão flertando com a Direita Religiosa discutindo o mito "ex-gay". Por exemplo, no The View (programa da ABC), Herman Cain disse que acreditava que a homossexualidade fosse uma "escolha". O sempre-oponente dos homossexuais Rick Santorum também pulou para o vagão dos "ex-gay" falsamente alegando que existe evidência crível de que as pessoas LGBT podem mudar de gay para heterossexual: "Existem todos os tipos de estudos lá fora que sugerem exatamente o contrário" - declarou Santorum. "E existem pessoas que eram gays, viveram o estilo de vida gay, e não são mais."

Além disso, exsitem aventureiros da ciência como Mark Yarhouse da Regent University que produzem estudos fraudulentos alegando que a mudança de orientação sexual é possível. Eu sugiro veementemente que os promotores dessa política insensível suspendam essa propaganda que já foi longe demais e ouçam Smid.

Mas, obviamente, isso requererá que se coloque as vidas das pessoas à frente das mentiras políticas - então, não espere que isso aconteça muito em breve. 

Wayne Besen.

  
Leia agora as principais declarações de Smid.Traduzidas do blog oficial de Smid pela equipe do O Blog do Ex Hetero.


Arrependimento de algo, significa que tem de ser algo que você pode controlar, como ações. 


Então, muitas vezes as pessoas vão dizer que precisa se "arrepender" da homossexualidade. É algo que realmente não podemos nos arrepender! As pessoas são, ou não são, homossexual. É uma parte intrínseca do seu ser ou pessoalmente, meu ser. Alguém não pode se arrepender de algo que é imutável. Tenho passado por uma tremenda quantidade de sofrimento ao longo dos muitos anos que eu falava da mudança, o arrependimento, reorientação e tal, quando, salvo algum tipo de milagre, nada disso pode ocorrer com a homossexualidade. O artigo de hoje é um grande exemplo de como nós, como cristãos pervertemos o evangelho que se refere à homossexualidade, como se os homossexuais não fossem bem-vindos no reino, a menos que se arrependam (que muitos interpretam como reversão da sexualidade). Mas desde que a homossexualidade não seja "revertida", então nós colocamos os homossexuais em uma ligação impossível (eu escrevi outro artigo que também aborda o assunto de arrependimento. Clique aqui para lê-lo, em inglês)

Certamente, além do comportamento sexual, o roubo, fofocas, e outros "comportamentos" são coisas que precisam ser considerados quando falamos de caminhada no reino de Deus. Deus deseja transformar-nos em Sua imagem mais e mais a cada dia. Mas na história maior do evangelho, o arrependimento bíblico significa transformar nossas vidas para o reino de Deus e longe do reino do mundo. Para mudar a nossa lealdade do deus deste século, para o Senhor dos Senhores! Neste arrependimento, ele permite que Deus esteja na vanguarda das nossas vidas e decidimos permitir que o seu reino reine em nós. Por isso entramos em um caminho de transformação, mudança. A questão então é o que vamos olhar como  mudança em cada um de nós. 
Sim, existem homossexuais que fazem mudanças drásticas em suas vidas quando eles começam o processo de transformação com Jesus. Tenho ouvido muitas histórias de mudanças que têm ocorrido como homens e mulheres ao encontrar a graça de Deus em suas vidas como pessoas homossexuais. Mas, me desculpe, este processo de transformação pode não atender as expectativas de muitos cristãos. Eu também quero reiterar aqui que a transformação para a grande maioria dos homossexuais não irá incluir uma mudança de orientação sexual. Na verdade, eu nunca conheci um homem que experimentou uma mudança de homossexual para heterossexual. Eu conheci algumas mulheres que afirmam que é o caso mas, novamente, a sexualidade masculina e a sexualidade feminina são muito biologicamente diferentes de modo que essa não seria uma comparação justa.

Conheci homens que encontram a sua transformação para incluir o casamento com uma mulher e ter uma família e é algo que para eles é uma experiência de vida maravilhosa. Eu encontrei alguns que acham que sua transformação se satisfaz em viver uma vida de solteiro em Cristo e ao seu chamado. Mas, eu também conheci alguns que experimentam a transformação da promiscuidade sexual para uma relação fiel gay que é verdadeiramente, em sua experiência, uma grande bênção para a sua relação com Cristo. Oh, eu entendo a polêmica em tudo isso...

É uma vergonha, que como seguidores de Cristo, temos sido tão críticos e arrogantes com tantas pessoas que consideramos "arrependidas" por causa do nosso preconceito homossexual.

Quando eu estava em San Francisco este ano um homem fez a declaração: "John, você sabe que a maioria dos gays estão em San Francisco, eles são cristãos feridos."  Oh, meu Deus! Eu acho que ele pode estar certo! Eles foram jogados para fora da maioria das igrejas ao ter procurado em algum lugar onde eles se sentem ligados, queridos e talvez amado.

Meu caro amigo, esta é uma questão muito difícil e eu estou caminhando através de algumas águas muito profundas tentando entender melhor o coração de Deus sobre este assunto. Eu tenho ido agora ao redor do mundo ouvi-lo, ouvir as histórias, vendo as lágrimas de rejeição em alguns, e a paz do amor de Deus nos outros. Isto é tão diferente do que eu sempre pensei no meu pequeno mundo de ministério ex-gay. E sim, era um mundo pequeno, porque eu fiz isso de pequeno porte. Eu estava completamente disposto a ouvir qualquer coisa que não se encaixava no meu paradigma. Eu bloqueava a história de alguém, a vida ou ensino bíblico de que não combinavam com o que eu acreditava.

Quando eu estava na Love in Action eu nunca ensinei uma sessão sobre as escrituras a respeito da homossexualidade que eu entendi. Eu sei que soa estranho mas é verdade. Eu não ensinei, porque eu realmente nunca tinha os estudado para mim. Eu apenas citava o que eu via que os outros haviam escrito sobre o assunto. Eu senti a obrigação de, pelo menos, ensinar algo sobre o que a Bíblia diz, mas toda vez que tentaram estudá-lo por mim não fazia sentido para mim e eu só voltei aos escritos de outros dentro da subcultura ex-gay.

Agora que não estou submerso em uma perspectiva unilateral, estou aberto a estudar e ler as escrituras para mim, eu estou encontrando tantas verdades coisas que eu não estava ciente antes. Pela primeira vez em todos esses anos, as escrituras que muitos disseram se referir à homossexualidade estão fazendo sentido! Estou lendo-os no contexto. Estou a fazer perguntas sobre as passagens que foram gravadas. Estou perguntando o que estava sendo falado, e porque as palavras foram escritas em primeiro lugar.

Essa palavra ilusória - "Change"


Agora para a outra parte da sua pergunta. Se houver uma alteração a ser feita, tem que ser de Cristo! Se o homem gay ou uma mulher é alienada de Cristo por causa do julgamento que eles recebem vindo da igreja, então estamos colocando um fardo para eles que eles não são destinadas a transportar. Muitas vezes a comunidade da igreja envia a mensagem de que a homossexualidade é suja, pervertida, quebrada, e às vezes até mesmo um defeito psicológico. Assim, muitos homossexuais cheguem a pensar que têm de limpar-se de acordo com o "nossos" padrões para que nós os recebamos em nossos bancos e os alimente.

Eu estou enfrentando uma temporada difícil em minha vida, meu amigo. Estou em grande risco de crentes que me conhece há muitos anos me rejeitarem porque eu sou ousado o suficiente para fazer as perguntas que eu nunca iria perguntar antes. Para ser honesto poucos dentro da igreja estão abertos a este tipo de discussões sem ser defensiva e reacionária. Eu estou a perder alguns amigos muito próximos, porque eu escolhi amar incondicionalmente as pessoas homossexuais e apoiá-los agora sem pressioná-los a "mudança". Alguém tem que levar a culpa por essas pessoas a quem Cristo ama e deseja uma proximidade com eles. Eu estou disposto a ficar na brecha.

Como eu disse, há muitos anos que eu não estava disposto a ouvir o coração, as histórias de tantas pessoas gays que estão perdidas e com medo. Repeti a mensagem "você pode vir aqui (para o nosso programa) se você deseja alterar" e ainda a questão da mudança foi tão ambígua que ninguém poderia ter encontrado a marca que era esperada. Para o homossexual, a palavra mudança está profundamente incompreendida e na maioria das vezes mal comunicada pela igreja.

Oh, eu gostaria que você pudesse ir onde eu tenho ido e ouvir o coração e experimentar o que eu tenho experimentado nos últimos 2-3 anos. O triste é que muitos cristãos não estão dispostos a caminhar pelas ruas que andei, pelo medo de que eles estariam fazendo "apologia" ao pecado, ou que poderiam ter ouvido coisas que não queriam ouvir.

Eu era um daqueles cristãos!


Enquanto eu caminhava em uma conferência de dois anos atrás com os cristãos que eram gays, minha vida passou diante de mim. Eu estava muito ansioso e preocupado com o que os outros pensariam se soubessem que eu estava lá. Eu não falava sobre ter estado lá por um tempo e certamente não com certas pessoas. Meu amigo, o que está acontecendo comigo? Por que eu deveria ter um medo tão profundo do que os outros possam pensar sobre mim dividindo espaço com os cristãos que são gays? Que tipo de legalismo é esse? O que isso diz sobre o meu próprio coração?

Estou no meu próprio caminho de descoberta nesta área. Eu usei para definir a homossexualidade ou a heterossexualidade, os termos que descrevem o comportamento de cada um. Eu pensei que fazia sentido e ao longo dos anos, muitas vezes escrevi artigos e falei a partir dessa perspectiva.

Hoje, eu entendo por que a comunidade gay teve um problema com meus escritos. Minha perspectiva negava tantas facetas da experiência homossexual. Eu minimizava a vida de uma pessoa para apenas sua sexualidade, mas a homossexualidade é muito mais do que sexo.

Existem perversões que ocorrem apenas por causa de uma luxúria e um colapso da moralidade. Estas são as perversões que eu acho que você pode estar falando. Homens e mulheres são certamente capazes de extremos, tais como sexualmente na prostituição, outros pornografia e exibicionismo. No entanto, hoje eu não pinto a homossexualidade em um pincel largo. Há certamente homens e mulheres que atuam no comportamento homossexual, mas pode não ser intrinsecamente homossexual, mas eu diria que a grande maioria daqueles que se consideram gays não se encaixam na "perversão" da categoria.

Quanto à questão em mãos, eu me considero homossexual e ainda em um casamento com uma mulher. Meus desejos sexuais, atrações... e luto ao longo da vida com os fatores comuns relativos à homossexualidade, são praticamente todos na classificação dos homossexuais. Alguém certa vez descreveu este tipo de cenário "casamento de orientação mista". Quando eu ouvi este termo que me entrei num processo interno. Em muitos aspectos, respondeu muitas questões que me atormentaram durante muitos anos. Agora eu tinha algo que finalmente descrevia minha experiência pessoal em estar casado.

Eu sou homossexual, minha esposa é heterossexual. Isso cria uma experiência de casamento original que muitos não entendem. Por muitos anos tentei caber na caixa da heterossexualidade. Eu tentei o meu para criar a heterossexualidade na minha vida, mas isso também criou um monte de vergonha, um sentimento de fracasso e desânimo. Nada que eu fazia parecia mudar-me para um heterossexual mesmo que eu estava em um casamento que incluiu o comportamento heterossexual. Muitas vezes quando estou em situações com os homens heterossexuais eu vejo claramente que há facetas de nossas vidas que são distintamente diferentes no que diz respeito à nossa sexualidade, e outras coisas também.

Não há dúvida, eu amo minha esposa. Deus tem trabalhado poderosamente através de nosso relacionamento. O fato de que ela se casou comigo, em primeiro lugar sabendo da minha promiscuo passado homossexual disse algo muito profundo sobre seu amor por mim. Que, por sinal, não era um ambiente propício, "eu posso consertá-lo" tipo de relacionamento. Minha esposa nunca tentou me corrigir ou mudar-me nessa área de nosso relacionamento. Ela realmente me ama incondicionalmente. Mas isso não muda o fato de que eu sou quem eu sou e ela é quem ela é.

É por isso que eu digo coisas como "você não pode se arrepender da homossexualidade." Em homossexualidade tradicional parece que é intrínseco ao tecido de uma pessoa de vida. Natureza ou a criação, é muito complicado para ter uma resposta definitiva para a origem da homossexualidade. No entanto, eu ouço muitas histórias de homens e mulheres que aceitam-se como sendo gay, em Cristo, e, finalmente, descobri que a vida faz sentido para eles. Muitos são capazes de, em seguida, nutrir uma relação autêntica com Cristo, porque eles estão sendo honesto e autêntico com eles mesmos e, finalmente, são capazes de aceitar o seu amor incondicional que muda a dinâmica de sua compreensão. Muitos homossexuais que procuram Cristo percebem que eles não podem chegar perto dele, se continuar a ser um homossexual. Neste mentalidade que procura febrilmente para a mudança que não virá para eles.

Este tipo de pesquisa pode levar à depressão profunda, desânimo e muitas vezes uma alienação de Deus!


Comumente quando um homossexual encontra o amor maravilhoso de Deus para eles como eles são, sua perversão diminui, sua promiscuidade diminui ou desaparece completamente, e às vezes eles aceitam ser único ou eles podem encontrar uma relação de Deus centrado que também parece ser saudável e fiel.

Há uma grande quantidade de energia negativa em alguém que sente vergonha de sua homossexualidade, a culpa causada pelo mal entendido dos aspectos de suas vidas sobre os quais eles não têm nenhum controle.


Espero que isso ajude.
Enfim, eu espero que você considere o que eu escrevi. Amei-te como uma irmã por todos esses anos. Estou realmente tentando ganhar o coração de Deus para tudo isso e eu estou disposto a permitir que Ele me mostre a sua verdade.

John


Alguns outros artigos sobre a homossexualidade e o cristianismo 

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