domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mitos Religiosos Sobre a Sexualidade: O Mito Macho e Fêmea.

Hoje vou começar uma nova série aqui no blog, onde vou comentar alguns tabus e mitos propagados pelos religiosos sobre a homossexualidade.


O Terceiro Sexo!

Esse é um dos primeiros argumentos usados pelos religiosos para combater a homosexualidade.
Uma das coisas que mais me irrita é quando começam com os famosos clichês: Deus criou macho e fêmea, Adão e Eva e não Adão e Ivo. Deus não criou um terceiro sexo. Só existem os cromossomos XX e XY.
O erro já começa em tentar afirmar que os cromossomos que definem o gênero seriam os mesmo que definem a orientação sexual, não é bem por ai. Uma vez que pesquisas já mostraram que a orientação sexual é definida por múltiplos genes e não por um único.

É preciso fazer uma distinção entre Orientação Sexual e Identidade de Gênero. O primeiro erro que todo religioso comete quando usam esse argumento é tentar generalizar todo homo/bissexual como sendo pessoas com tendências afeminadas ou a transexualidade.
Não tenho número estatísticos para afirmar porcentagens, mais acredito que a grande maioria dos homo/bissexuais são homens ou mulheres que estão muito felizes e satisfeitos com suas identidades de genero.
Homens que estão felizes em serem e terem uma postura masculina e que em nenhum momento de suas vidas pensaram ser mulheres ou se sentiram mulheres em corpos masculinos. A única diferença é que são homens que amam outros homens ou mulheres que amam outra mulheres.
Acredito que esse erro acontece porque de fato os homossexuais que são assumidos na sua maioria são os afeminados ou transgêneros ou as mulheres masculinizadas, ou seja, o esterótipo gay é formado por pessoas com essas características e os mais discretos, principalmente os bissexuais, muitas vezes se mantém no armário por toda a vida.

Não quero levantar polêmica, mas nem sempre identidade de genero está ligado a orientação sexual do individuo. O que falar por exemplo dos cross dressers?

Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras. O crossdressing (ou travestismo, no Português Europeu, e frequentemente abreviado para "CD"), não está relacionado com a orientação sexual, e um crossdresser pode ser heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual. O crossdressing também não está relacionado com a transexualidade. (Fonte: Wikepedia)

"Tudo que posso dizer é que ele é um grande, grande cara que às vezes gosta de mexer com a roupa das mulheres." (Jenny McCarthy ao explicar a aparição em público de seu então namorado Jim Carey em uma praia, em 2008 vestindo seu maiô.)
Heteros travestidos com roupas do sexo oposto no carnaval.
Geralmente no Brasil o termo "CD" é usado para designar heterossexuais que tem fetiche por transarem com suas parceiras travestidos totalmente ou com algum item do vestiário femenino.
Uma das coisas que sempre me intrigaram é ver no carnaval vários heterossexuais se divertindo nos famosos "blocos das piranhas" vestidos com roupas do sexo oposto. Eu particularmente nunca entendi o porque de homens que mantêm durante todo o ano uma postura hetero, soltarem tanto a franga no carnaval e eu que sou gay nunca passaria por tamanho papelão ainda que por brincadeira.

Para terminar, ontem saiu uma reportagem no jornal britânico Daily Mail, sobre um transexual, que quando era homem se casou por 3 vezes com mulheres e mesmo após a mudança de sexo (mudou de homem para mulher) se manteve hetero, ou foi ai que virou lésbica (fiquei confuso, rs) e casou-se pela quarta vez com uma mulher. Só pra ilustrar que orientação de gênero não esta necessariamente ligado a orientação sexual.
Clique na Imagem para ampliar.

Versão Do G1:
Um casamento no Reino Unido reuniu Kerry Whybrow, de 66 anos - um ex-bombeiro que decidiu passar por uma operação para virar mulher -, e Alicia Evans, uma lésbica jamaicana 30 anos mais jovem.
O casal se conheceu em um site relacionamentos internacional. A união civil aconteceu na cidade de Norfolk. Este é o quarto casamento de Kerry, mas o primeiro desde que se tornou mulher, há 3 anos. Nos três anteriores, a recém-casada ainda se chamava Roger Steed.
Abandonada por amigos desde a decisão de mudar de sexo, Kerry contou com o apoio da terceira esposa, Cindy Steed, que compareceu à cerimônia.
A única filha de Whybrow a renegou em 2005, quando o anúncio da mudança de sexo foi feito. Já Alicia tem um filho de 5 anos morando na Jamaica com os avós, que não sabem que a filha é lésbica.
Um hotel local de Norfolk serviu como local para a lua-de-mel, já que o casal não tem dinheiro para viajar. Segundo os recém-casados, viver na Jamaica está fora de questão, pois a homofobia local ainda assusta. As informações são do site do jornal britânico "Daily Mail".

PORTANTO SENHORES RELIGIOSOS NEM TODO GAY QUER TER UM TERCEIRO SEXO OU DESEJA TER O MESMO SEXO DO SEXO OPOSTO. SOU HOMEM, GOSTO DE SER HOMEM E NUNCA NA VIDA PENSEI EM TER OUTRO GÊNERO, EM SER UMA MULHER OU ME SENTIR UMA MULHER NO CORPO DE UM HOMEM. SE EXISTE UM DEUS QUE ME FEZ, ESSE DEUS ME FEZ MACHO E MACHO O SOU, MESMO GOSTANDO DE OUTRO MACHO.

1 comentários:

Equipe Diversidade Católica disse...

Olá,

Um veículo importante para começar a desmistificar argumentos religiosos a favor da homofobia é o excelente documentário "Assim me diz a Bíblia" http://bit.ly/fcrUjq.

Dois artigos interessantes, um de uma pastora e outro de um judeu, ambos americanos, acerca do debate entre gays e fundamentalistas: http://bit.ly/e7WRsB e http://bit.ly/giHPip. Deram margem, aliás, a uma discussão interessante nos comentários.

Um abraço! :-)

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